quinta-feira, 15 de março de 2018

Terrorista em pele de ovelha. 
O que está por trás do chefe do centro de troca de prisioneiros Volodymyr Ruban-Garbusyuk.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 13.02.2018
Ivan Farion


Arsenal de armas, com as quais pretendiam cometer ataques terroristas contra a suprema liderança da Ukraina.

No dia 8 de março, quando muitos homens ukrainianos erguiam brindes ás suas lindas mulheres, o tema das conversas à mesa mudou uma "quente" notícia da TV. O dirigente do Serviço de Segurança Vasily Hrytsak anunciou a detenção, na linha de limite na zona ATO, do sabotador com um grande arsenal de armas e munições que retiraram do território ocupado. Segundo o chefe do serviço de segurança, a carga perigosa era trazida escondida entre os móveis, pelo dirigente de uma organização pública, "Corpo de Oficiais, Volodymyr Ruban (conhecido pela mediação de intercâmbio de prisioneiros de guerra), e planejava-se o seu aprimoramento para preparação de assassinato dos líderes do nosso país.

De acordo com SBU, deviam sofrer atentados o presidente Poroshenko, o secretário do RNBOU (Conselho de Segurança Nacional e Proteção da Ukraina) Oleksandr Turchenov, o Ministro da Administração Interna Arsen Avakov, deputados e outros representantes da elite política. O acerto com eles deveria ocorrer durante o ataque às instalações do governo. Segundo informação, os terroristas armados pretendiam assaltar o Parlamento, quando o chefe de Estado lá comparece-se. As vítimas deviam se contar em milhares. De acordo dom o plano dos rebeldes, à Kyiv, com certeza viriam os militares do ATO. Em Kyiv prevaleceria caos e muito sangue seria derramado. E isto daria bases ao Kremlin para anunciar ao mundo sobre "guerra civil na Ukraina", e sobre a necessidade de controle externo sobre o "país descontrolado"...



                                                                 Volodymyr Ruban-Garbusyuk.

No salão do micro-ônibus, em cuja direção parecia estar um tiozinho inteligente, com barbicha de docente, no controle de "Majorsk", nossos serviços especiais encontraram tanta carga mortal que até guardas treinados se assustaram. Dentro dos móveis estavam escondidas 46.120 minas milimétricas com chamas torcidas (Prezados, se houver alguma incorreção na tradução, peço sua compreensão porque não sei nada sobre as armas, nem pretendo saber. - OK) e cargas em pó adicionais, seis minas anti-tanque, seis minas de 82 º calibre, duas granadas antitanque, dezenas de cargas de morteiros, lançadores de granadas, nove rifles Kalashnikov de várias modificações, duas metralhadoras manuais, pistolas Makarov, dispositivos de tiro silencioso, milhares de cartuchos de bombas de diferentes calibres. Isto seria suficiente para organizar um verdadeiro abate com muitas vítimas.

As armas e munições tinham comprovante de origem - Federação Rússa...
A liderança ukrainiana informou que uma operação especial, para detectar os terroristas e seus cúmplices realizavam 9 meses. "Provas mais que convincentes" de suas atividades ilegais foram documentadas - há vídeos relevantes, conversas telefônicas de Ruban com os líderes separatistas, testemunhos seculares. Isso refuta a declaração do detido no tribunal sobre "base organizada" e que ele não sabia nada sobre a natureza da carga. A parte da base de evidência fornecida pelo acusado constituiu a base para que o Tribunal aceitasse  a demanda do Ministério Público Militar - para Ruban uma medida preventiva sob a forma de prisão por dois meses sem penhor. 
Se a culpa for reconhecida pelo tribunal, a Ruban ameaça prisão perpétua.

A notícia da detenção desta pessoa odiosa causou reação insatisfatória entre os inimigos da Ukraina. A liderança das falsas repúblicas no Donbas disse que Ruban era "talvez o único oficial adequado da Ukraina", com o qual poderia haver diálogo. O pesar que se percebe nestas palavras, pode-se compreender - perderam o companheiro. Curiosamente, uma certa simpatia à pessoa presa e o ceticismo às ações das autoridades, é percebida nos comentários de alguns blogueiros domésticos. Elogiam Ruban por resgatar muitos prisioneiros de guerra ukrainianos, esquecendo quantas mortes ele preparava com seus "pacotes" no micro-ônibus... É possível, que os ex-cativos, induzidos ao engano, e parentes de outros reféns, que permanecem nas câmaras de torturas no Donbas, também estarão incluídos à campanha de proteção a Ruban.

Desde o nascimento este homem, proveniente de família militar, usava outro, mais suculento sobrenome - Garbusyuk  (Ao autor, Garbusyuk, parece mais suculento, talvez porque lembra abóbora - OK). Em 1989 quando se formou na Escola de Aviação de Chernihiv, ele mudou seus dados no passaporte para "mais prestigiosos". Durante o serviço militar voava dois anos com MIG-21 e MIG-25. Ao exército entrou em Kolomyia, próximo à Independência da Ukraina. Posteriormente trabalhou no comércio, em organizações públicas, com os fundos de Moscou envolvia-se com publicações. No último trabalho começou observar-se sua posição pró-russa. Publicava revistas, livros e manuais didáticos para crianças de Donbas. Provavelmente, não foi coincidência que seu sócio de negócios fosse um ex-oficial de inteligência estrangeira, da KGB - URSS Alexander Drazdov...

Ruban-Garbusyuk (Гарбузюк) era simpatizante da "Escolha ukrainiana" de Viktor Medvedchuk (Só para lembrar, a tal "Escolha Ukrainiana"  não tem, e nunca teve nada de ukrainiano. E Viktor Medvedchuk é tão simpatizante da Rússia e dos russos, que até o padrinho de sua filha é o próprio Putin. No período de Yanukovych havia mais notícias deste cidadão. A propósito, Yanukovych está sendo julgado, em ausência - OK).

Foi criado por Ruban o "Corpo de oficiais" que condena o curso da Ukraina à integração européia. Mas depois de algum tempo Ruban mudou radicalmente as visões políticas, juntou-se à "Autodefesa de Maidan" (evidentemente como agente enviado). Com o início da agressão russa contra Ukraina, Ruban assumiu o papel de negociador na libertação de prisioneiros militares ukrainianos. Estranhamente negociava com os militantes. Há fatos, que fazia isto por muito dinheiro.

A voluntária tártaro-crimeana Heide Rizaeva (Agora assistente da deputada Oksana Bilozir) contou sua própria história dramática.  Quando Heide, em 2014 foi capturada pelos terroristas, seu pai começou procurá-la. Os homens de Ruban chegaram a ele e propuseram a ele pagar.pela procura da filha, cinco mil dólares. Ele lhes deu este valor. Poucos dias os "pesquisadores" trouxeram fotos de uma mulher parecida com Heide e disseram: "Desculpe, nossa missão acaba porque sua filha foi baleada." O pai sofreu um ataque cardíaco do qual ele morreu...

Heide Rizaeva apelou ao chefe do SBU para garantir que os serviços verificassem esse e outros fatos de tráfico de pessoas na guerra. "Não pedi para aprisionar ou destruir Ruban", disse ela. - Solicito instruir a investigação deste caso a trabalhadores responsáveis, não corruptos." Rizaeva expressou sua confiança de que a prisão de Ruban será o começo da eliminação dos esquemas "sombra" nas trocas de prisioneiros

E não só. Porque trata-se de uma atividade terrorista abertamente anti-estatal, que, especulando na miséria humana, Ruban aproveita-se desta miséria. Um lote de armas Ruban já trouxe do território ocupado, no ano passado (foi isolado a tempo). Será avaliada uma entrevista de Ruban a uma edição russa, na qual ele falou o que não devia, sobre o exército ukrainiano, e, ao mesmo tempo, elogiava a "milicia" de Putin. Os serviços especiais devem investigar a conexão desta pessoa com a deputada Nadia Savchenko, com quem, sem problemas, por várias vezes entrou livremente nos territórios ocupados.

E não é só. Trata-se de uma atividade terrorista que, especulando sobre a miséria humana, Ruban mascarou sob uma missão humanitária. Um lote de armas Ruban trouxe do território ocupado no ano passado (foi isolado a tempo). Uma avaliação das entrevistas de Ruban, a edição russa, na qual ele falou mal do exército ukrainiano e, ao mesmo tempo, elogiou a "milícia", de Putin. Os serviços especiais devem investigar a conexão desta pessoa com a deputada Nadia Savchenko, com a qual ele entrou livremente nos territórios ocupados mais de uma vez.

Tradução: O. Kowaltschuk 

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