terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Batalha de Kruty. Cronologia segundo memória dos participantes.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 28.01.2018
Yaroslava Tregubova

Cem anos atrás, cerca de 400 cadetes e estudantes pararam a ofensiva contra Kyiv, de quase quatro mil soldados bolcheviques. A batalha na estação ferroviária de Kruty durou mais de seis horas. O atraso no avanço do Exército de Muraviova permitiu concluir o Tratado de Paz de Beresteisky, o que significou o reconhecimento internacional da independência da Ukraina. Por que o jovem estado foi defendido por estudantes voluntários, e não pelo exército? Como ocorria a luta desigual? E há evidências de uma violação, pelos bolcheviques, da Convenção de Genebra, sobre o tratamento dos prisioneiros? Respostas à questão Rádio Liberdade encontrou nas memórias dos participantes das batalhas de Kruty.

Como tudo começou?

Bóris Monkevich, participante da batalha de Kruty:

- Forças Armadas dos bolcheviques, subjugando já a parte oriental da Ukraina, vinham à nossa capital Kyiv com dois fortes exércitos.

O "governo" ukrainiano estava quase sem defesa, com fronteiras abertas, sendo que ainda em dezembro, por ordem do ministro do exército, foi anunciada a desmobilização geral da guarnição da capital ukrainiana

A óbvia falta de defesa organizada da região foi um fato consumado, e todos se perguntavam: "O que vem em seguida?" E já no último momento, diante do perigo, o governo lançou um chamamento desesperador a todos que ainda tinham esperança em seus corações e cujos braços ainda não baixaram. A juventude imediatamente respondeu a este chamado para defender sua pátria. Sem hesitação, eles deixaram suas famílias, deixaram as paredes de sua própria alma mater.

Ainda em dezembro, por ordem do ministro militar foi anunciada mobilização geral.

A  Universidade Popular criou uma companhia de estudantes, de fuzileiros da Sich. Nesta companhia inscreveram-se muitos alunos do ginásio (quase todos os alunos da 7ª e 8ª séries)  companhia nomeada Irmandade Cyril - Methodius, inscreveram-se estudantes da Universidade de Volodymyr, estudantes da hidrotécnica, estudantes da escola militar e da escola de medicina ukrainiana.

Mykhailo Mykhailyk, participante da Batalha de Kruty:

A Companhia de estudantes principalmente era formada de jovens, que não passaram pelo exército, e alguns nem atirar sabiam.

A companhia de estudantes, organizada às pressas em Kyiv, contava até 300 voluntários. Em sua maioria eram jovens, que não estavam no exército, e alguns nem sabiam como disparar... Essas forças tiveram que defender o ponto mais importante da frente - o caminho para Kyiv.

Averky Goncharenko comandante das forças da República Popular da Ukraina na batalha de Kruty:
Para defesa Ataman Kapkan enviou a Primeira Escola Militar juvenil ukrainiana nomeada Bogdan Khmelnytsky, em cuja composição havia quatro centenas - 150 jovens, 18 metralhadoras e 20 sub-oficiais.

Generosamente dotado de "poder total" com uma ordem a todo custo não entregar Bakhmach, para não permitir que os bolcheviques cheguem a Kyiv, com profunda tristeza e mágoa, voltei para escola.

A jovem flor do nosso exército - jogavam em uma situação sem esperança, enquanto entre anarquia encolerizada de dezenas de milhares de homens armados, testados nas batalhas de guerra implacavelmente desmobilizava-se.

Agora, apenas punhados ideológicos apresentaram-se à luta por sua terra natal.

Ela não souberam defender em tempo, usando para isto o recrudescimento nacional, levar para disciplina militar, pelo contrário, em comícios desmoralizavam e admoestavam com a divisão de terras. Agora, apenas punhados ideológicos apresentavam-se à luta por sua terra natal.

Sobre a preparação e equipamento da companhia dos estudantes.

Bóris Monquevich.

Exercícios oficialmente não realizavam-se.

- Não havia ordem na organização desta companhia. Os exercícios realizavam-se não oficialmente, por iniciativa de quaisquer comandante. E apenas alguns dias antes da partida da companhia à frente, o tempo foi destinado para exercícios de artilharia dos chefes do regimento de Bogdanovsky, mas em tão pouco tempo muito não ensinaram.

Igor Lossky  participante  da Batalha de Kruty 
                                          
A confusão, que reinava então em Kyiv, refletiu até em tais minúcias: como estava vestida e armada a centena estudantil. Cada um recebeu - calças, capote rasgado e algum tipo de chapéu de prisioneiro. Pode-se imaginar quão grotesca era a aparência da centena.

A aparência média era: botas próprias, calças de soldado amarradas em baixo com um barbante, jaqueta de estudante ou uma camiseta civil, e algum tipo de capote, no qual, no mínimo, faltava uma parte. Não melhor pareciam as armas antigas, espingardas enferrujadas.

Sobre partida de voluntários para frente e notícia sobre reforço.

Igor Lossky: O embarque ocorreu com bastante calma, se não contar com o fato de que, no último minuto veio correndo a senhora Lukasiewicz (esposa do falecido Ewen Lukasiewicz) procurar seu filho Levko, um estudante da 6ª série, que "ilegalmente" entrou na na campanha. A pobre mãe chorou amargamente, persuadindo o filho não ir, mas sem sucesso.

O jovem Sokolovsky tranquilizava alegremente sua irmã, sem ter idéia de que em alguns dias ele estará deitado na plataforma da estação com a cabeça perfurada com baioneta moscovita.

Com mais calma comportava-se a irmã de outro estudante da 6ª série. Mal conseguindo conter as lágrimas, ela abençoava o irmão e todos que partiam... O jovem tranquilizava alegremente sua irmã, não prevendo que em poucos dias ele estará deitado na plataforma com a cabeça perfurada com a baioneta. Sob o canto do hino nacional "Ukraina ainda não morreu", o escalão moveu-se para o norte.

Após um dia da saída de Kyiv, decidiu-se, que os jovens iriam para Bakhmach, onde ficou um pequeno destacamento liderado pelo regimento Bogdanovsky, agora o coronel Semen Loshchenko, mas a centena de estudantes ficaria em Kruty e continuaria os exercícios. Mas, descobriu-se, que Bakhmach já estava ocupado pelos vermelhos e que logo eles chegariam a Kruty. Então, todos tiveram que se instalar em Kruty.

Averky Goncharenko:
- Em 25 de janeiro de 1.918, recebi uma mensagem, que para mim, de Kyiv, mandaram uma centena de estudantes. A questão do preparo militar eu já conhecia bem, porque nela encontrava-se meu irmão, do terceiro ano de medicina, da Universidade de São Volodymyr. Dele eu soube que o treinamento durou sete dias, já sabiam atirar e que em Kyiv - igual ao inferno.

O anúncio da chegada de uma centena de alunos espalhou-se entre os jovens como um raio, mas a impressão, devido à sua chegada, era como se toda a divisão tivesse chegado. Graças a isso, o fator decisivo de tão alto valor e sempre decisiva na batalha - "elevação de espírito", conseguir atrasar o ataque de Muraviova e forçá-lo à luta prolongada.

A centena de estudantes, de 115 - 130 pessoas, chegou à estação Kruty em 27 de janeiro de 1.918, às quatro horas da manhã.

Sobre ofensiva de 29 de janeiro e o clima das partes.

Averky Goncharenko:

- De manhã "vermelhos" começaram sua ofensiva em colunas fechadas. Parecia que eles estavam indo para o desfile, negligenciando os meios mais primitivos de segurança. 

O relevo da localidade diferenciava-se, e nos podiam perceber a uma distância de tiro. Na noite de 26 para 27 de janeiro, tive uma conversa pelo fio direto, com Muravyou. Sua exigência, em forma de uma ordem, era a seguinte: "Prepare-se para uma reunião vitoriosa do Exército Vermelho, prepare o almoço. Eu perdoo os equívocos dos junkers, mas os oficiais eu vou fuzilar."

Os vermelhos da frente, vindo em colunas bloqueadas, obviamente, estavam certos em nossa fuga." Às suas chamadas "ninguém lhes respondia. Assim que eles se aproximaram à distância do tiro, nós os recebemos com fogo de quatro centenas e dezesseis metralhadoras. Os bolcheviques ocuparam, no front, uma linha até cinco quilômetros, tendo atrás de si, constantemente, reforçadas novas reservas e uma população simpatizante.

Igor Lossky:

Desde a manhã a maioria do exército ukrainiano ocupou a linha das trincheiras. Cerca de vinte pessoas deixaram na estação, para cobertura. Os ukrainianos localizaram-se de tal forma que os jovens ficaram à direita do toro ferroviário, à esquerda - a centena de estudantes.

Muitos não sabiam atirar, um pequeno número de cartuchos foi rapidamente disparado. Foram buscar na estação. Mas descobriu-se que não havia mais sede na estação. O pior, quando fugiam engancharam os vagões com munição.

Próximo das dez da manhã surgiram grupos hostis, e, ao mesmo tempo, a artilharia bolchevique começou a disparar. Os disparos foram intensos, mas infrutíferos - o tiroteio estava mal direcionado, caía em algum lugar no campo.

O trem do estado maior, os estudantes que recuavam, encontraram no dia seguinte, além de Nizhyn.
(Continua)

Tradução: O. Kowaltschuk

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Como historiadores reprimidos reescreviam a história.
Os pseudo-históricos mitos atuais da propaganda de Putin são escritos sob o ditado de Stalin.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 12.20.2017
Alexander Vitolin




Chegando ao poder em 1918 na Rússia, os bolcheviques imediatamente perceberam que a ciência histórica poderia servir como a retenção de poder. Agora, a história será escrita e reescrita apenas por eles.

O primeiro passo do poder soviético - foi a proibição de palestras em níveis superiores por professores "burgueses", que não compartilhavam a idéia de que a luta de classes é a força motriz por trás da história. A atmosfera para os historiadores não-marxistas era complicada, mas dava possibilidades de envolver-se em atividades científicas. As represálias afetaram apenas os historiadores que ocupavam-se com política e se permitiam criticar Lenin. Muito mais a ciência histórica sofria do vandalismo soviético, quando os lúmpen-proletários saqueavam museus, e os comissários destruíam necrópoles e templos históricos.

As principais direções da ciência histórica neste período foram determinadas pelo historiador-revolucionário Michael Pokrovsky. Ele foi o autor da primeira história da Rússia, escrita em termos de marxismo. Em maio de 1918, ele foi nomeado Comissário Adjunto de Educação da RSFSR (República Socialista Federativa Soviética da Rússia). Foi com Pokrovsky que relacionaram o fechamento das faculdades históricas, a apreensão da literatura histórica nas escolas e a substituição da história pela ciência social.No início Pokrovsky respeitava os professores "burgueses" e era oponente de métodos repressivos nas ciências. Mas a partir de 1928 ele começou a criticar severamente os representantes da "antiga" escola histórica e até apresentou-se ao lado da investigação no "Caso dos acadêmicos" em 1930. O motivo de tal mudança no comportamento do historiador marxista foi o desejo de agradar a Stalin, que começou a fortalecer sua posição. O desejo de Stalin, de concentrar o poder em suas mãos. Os primeiros que sentiram as consequências foram os historiadores.

O "caso dos acadêmicos" encerrou o trabalho científico dos elementos "burgueses", mas também se tornou um dos primeiros processos fabricados, acompanhado de prisões em massa. Devido ao fato de que a maioria dos detidos eram historiadores, o caso também era chamado de "O caso dos historiadores". Com os esforços dos investigadores, os representantes da comunidade científica se transformaram em uma organização monarquista contra-revolucionária. De fato o Partido Comunista decidiu assumir o controle da Academia de Ciências da URSS. Em 1931, a função de nomeação da liderança da Academia de Ciências da URSS foi assumida pelo Politburo do Comitê Central do PCUS(b) - Partido Comunista da União Soviética bolchevique). Claro, nenhum dos historiadores, que ainda estavam em liberdade, se opôs.

Em 1932, Mikhail Pokrovsky, felizmente, morreu de câncer. Por que "felizmente"? Porque se ele tivesse vivido mais alguns anos, ele não seria enterrado no muro de Kremlin.

Ele - autor da declaração, que se tornou guia para ciência histórica soviética: " História - é política voltada ao passado". Mas Pokrovsky não pôde prever, que sua herança científica seria vítima de suas próprias palavras. Sua escola acadêmica foi criticada como anti-marxista e anti-leninista, e o livro "História da Rússia em Resumo", que era publicada desde 1921 e por dez anos consecutivos foi o livro-texto principal, foi removido das bibliotecas.

No final de 1932, as autoridades soviéticas voltaram do exílio  um dos principais acusados no "Caso dos historiadores" Eugene Tarle. Ele foi resgatado pelo fato de que, como pesquisador das guerras napoleônicas, era bem conhecido nos círculos acadêmicos franceses, era membro de várias sociedades acadêmicas francesas. A prisão de Tarle provocou protestos de estudiosos franceses, então as autoridades soviéticas decidiram usar a reabilitação de um historiador, que foi acusado de contra-revolucionário, para seu próprio benefício.

É no exemplo da biografia de Napoleão que Tarle escreveu e que é considerada uma das melhores biografias de Bonaparte na ciência histórica mundial, e podemos ver como as autoridades soviéticas forçavam os historiadores a reescrever a história. Na edição de 1936, o acadêmico questionou a escala da guerra, popular em 1812, afirmando que não havia menção nos memoriais franceses nos três primeiros meses da guerra na Rússia. No entanto, verdadeiros partizans russos eram os destacamentos sob o comando de oficiais do exército regular.

Além disso, o acadêmico considerou apropriado usar o termo "guerra popular" antes da guerra na Espanha, não na Rússia. Em 1937, no "Pravda" (Verdade) e "Izvestia" apareceram, simultaneamente, dois artigos com crítica a "Napoleão" de Tarle. O pavor diante da ameaça de uma nova prisão não deixava Tarle adormecer. Ele tomava pílulas para dormir. Quando, finalmente, dormiu, foi acordado pelo telefone. Telefonava o próprio Stalin, que afirmou, que a crítica nos jornais era falsa e que ela será refutada no dia seguinte. Deste modo Stalin deixou claro ao acadêmico que ele deveria prestar mais atenção aos desejos do partido. Na reimpressão de 1941, Tarle já escrevia, que a guerra popular também acontecia na Rússia, mas em outras formas, diferentes da realizada na Espanha. Em outro livro, "A invasão de Napoleão na Rússia em 1812", Tarle enfatizou o papel principal na derrota da oposição popular de Napoleão e não na geada e nos espaços ilimitados da Rússia. Do livro de Tarle, ele também removeu lugares onde soldados russos saquearam suas próprias aldeias devido à falta de suprimentos. No mesmo espírito patriótico, ele escreveu o livro "Guerra na Criméia". Em seus escritos, Tarle já se referiu a Marx e Engels, embora na realidade os pais do comunismo tenham avaliado negativamente o papel da Rússia na Guerra da Criméia. Assim, um dos melhores historiadores soviéticos, com medo de ser reprimido, tentou escrever a história em favor do partido.

O historiador Raphael Ganelin publicou um livro de memórias em 2004, que fala bem sobre Tarle acadêmico, mas também mencionou as habilidades acadêmicas adquiridas. Ele lembrou as atuações de Tarle, onde ele, sem orgulho, mas sim com o propósito de resseguro, insinuou a audiência sobre a atitude particular de Stalin a ele, lembrou as observações feitas por Stalin sobre a prova da História da Diplomacia", de Tarle.

Tradução: O. Kowaltschuk

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Biden está preocupado com o regresso na luta contra a corrupção na Ukraina. 
ZN, UA (Espelho de Domingo), 24.01.2018

Ele aconselhou a administração Trump a monitorar o cumprimento das promessas das autoridades ukrainianas, e contou como tentou libertar Shokin.














O ex-vice-presidente dos EUA, Joseph Biden, observou que a corrupção continua sendo o maior problema na Ukraina, e expressou preocupação com a recessão nesta questão, transmite "Voice of America".

O político contou, que aconselhou a administração Tramp quanto a Ukraina, em particular, monitorar de perto o que eles dizem em Kyiv e sobre o que eles silenciam, e como as promessas das autoridades ukrainianas são cumpridas. Ele também compartilhou a experiência de conversações que conduziu com a administração do presidente Poroshenko em 2.016

"Estou desesperadamente emocionado com a recessão na luta contra a corrupção em Kyiv. Eis aqui um exemplo específico. Eu fui encarregado quanto à questão da Ukraina. Então eu lembro, como fui lá, para convencer nosso comando, que nós devemos fornecer à Ukraina garantias de empréstimo de longo prazo. Viajei para Kyiv 12-13 vezes, e finalmente devia anunciar, que nós propomos mais um bilhão de dólares em garantias de empréstimo. Eu recebi promessas de Poroshenko e Yatseniuk, que eles usariam medidas quanto ao Procurador-Geral, mas isto eles não fizeram", - compartilhou sua experiência Biden.

Ele acrescentou que, afinal, conseguiu a demissão do procurador-geral Viktor Shokin.

"Eu disse: eu viajo depois de 6 horas. Se o seu procurador-geral não for dispensado até aquele momento, vocês não receberão o dinheiro, e aquele filho da mãe foi liberado. Em seu lugar eles colocaram a pessoa que era confiável naquela época", - acrescentou Biden.

Ele acrescentou que, desde então, mudanças importantes e mudanças institucionais e de pessoal, necessárias, foram feitas na Ukraina.

"Mas uma das três instituições indispensáveis agora está retrocedendo. Tribunal Anticorrupção. No entanto, eles prometeram que isto não acontecerá", - disse desapontado, o ex-vice-presidente dos EUA, Joseph Biden, desapontado com as ações na Ukraina.

Ele também declarou, que apoia e considera a decisão da administração de Donald Trump em fornecer armas letais para Ukraina. Em sua opinião, junto com a pressão do Ocidente, este passo permitirá ao país combater com mais eficácia a agressão da Rússia.


O Departamento de Estado dos EUA confirmou o fornecimento de armas de defesa à Ukraina.
Espelho de Domingo, 23.12.2017.

A ajuda dos EUA é exclusivamente de caráter defensivo, declararam no Departamento de Estado.

Anteriormente, a AVC, referente às suas próprias fontes no Departamento de Estado, disse que o presidente dos EUA, Donald Trump, planeja anunciar a autorização da venda de armas antitanque para Ukraina. Se o presidente aprovar o plano, ele será submetido à consideração pelo Congresso.

O plano prevê o fornecimento de 35 lançadores e 210 mísseis antitanques para Ukraina. Os sistemas de mísseis anti-tanques de dardo também podem ser incluídos no lote.

Tradução: O. Kowaltschuk

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Passaram-se cem anos, mas Ukraina luta novamente com o agressor. E, novamente, nos falta unidade.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 23.01.2018
Natália Baliuk

Ukraina, como um estado independente, foi proclamada em 22 de janeiro de 1918. Foi neste dia que o World IV veio à luz, que afirmou que "a República Popular da Ukraina está se tornando um estado independente, livre e soberano da nação ukrainiana".

Na verdade, Ukraina deve celebrar o Dia da Independência em 22 de janeiro, pois foi neste dia que a independência foi proclamada. Em 24 de agosto de 1991, foi restaurada. Portanto, a independência ukrainiana não tem 26 anos e meio, mas 100 anos de idade. Eu acho que todos devemos pensar sobre isso e rever a data no calendário. Isto é importante do ponto de vista da verdade histórica, e também, que os ukrainianos devem saber com profundidade e, o mais importante - que entendam a história de seu estado, a sequência de eventos históricos. Porque muitos pensam que a independência da Ukraina veio com o colapso da União Soviética, e antes desse período não havia Ukraina, pelo menos como um estado de pleno direito.

Na verdade, há cem anos, Ukraina conseguiu solidificar as fronteiras estaduais, implantar o idioma estatal ukrainiano, dinheiro, simbolismo (brasão, hino e bandeira) e tentativa de criação do próprio exército (ukrainizar o exército do tzar) e conseguiu reconhecimento da comunidade mundial. Mas, tudo isso não durou muito. Apesar do fato de que, nos próximos três anos, o Estado ukrainiano lutou desesperadamente por sua existência, os russos ocuparam o território ukrainiano e com baionetas instalaram o poder soviético. A independência foi perdida para os longos 70 anos.

O que houve com o país durante esses anos, conhecemos bem: coletivização, repressões, deportações para Sibéria, Holodomor, guerra do UPA (Exército Insurreto Ukrainiano), e introdução nos territórios despovoados de migrantes de outras regiões da União Soviética (Daí a mudança na composição étnica no leste da Ukraina).

Comemorando 100 (cem) anos da República Popular da Ukraina, não devemos apenas restringir-nos com a colocação de bandeiras nacionais, por um dia, nos prédios, mas olhar para o passado, analisá-lo novamente e analisar as conclusões. História, como vemos, tem a capacidade de se repetir. E é isto que acontece hoje.

Após a restauração da independência em 1991 parecia, que Rússia nunca mais atacaria Ukraina, que tudo isto era passado. A maioria dos ukrainianos acreditava sinceramente no mito imposto sobre nação fraterna, que apenas ajuda. No processo de sovietização, o povo russificado esqueceu, quem e como levou à perda da independência há 100 anos. Àqueles, que falavam, que da nova Rússia, pode vir ameaça à nossa independência, eram considerados, ou nacionalistas extremos, obcecados russófobos, ou provocadores, ou quase insanos. Os eventos de quatro anos atrás mostraram que eles eram os mais sóbrios, os maiores realistas. Porque eles não esqueceram a história, eles compreendiam com quem estamos lidando.

Passaram cem anos, mas Ukraina luta novamente com o agressor, que novamente ocupou e anexou partes do território, e novamente, como então, o inimigo tenta separar os ukrainianos, enfraquecer nosso estado por dentro. Apenas agora, para isto, usa métodos mais sofisticados, em particular, e com a ajuda da chamada guerra de informações.

No fim de semana eu liguei a TV, à qual não assistia há bastante tempo. Assisti a alguns programas, chamados talk shows políticos. Dizer que fiquei chocada, é não dizer nada. O fluxo infinito da tela compunha-se de crítica sólida do poder. Sem dúvida, as autoridades dão muitos motivos para crítica, criticá-la é necessário, para mantê-la no  tom constante. Mas o que eu ouvi - é crítica segundo princípio de "tudo porcaria, exceto a urina". Mesmo aquelas pequenas realizações que temos, são citadas através do prisma da negatividade e, portanto, niveladas. A oposição ridiculariza o sem visto, e todas as reformas. Tudo o que temos no nosso país é ruim. Assim, como se todos nós, nos anos anteriores vivêssemos muito bem - não tivéssemos problemas, e de repente tudo tornou-se ruim. Ouvindo esses críticos - torna-se abjeto viver em tal país...

Os políticos atuais, tanto os que estão no poder quanto os da oposição, são muito frívolos. Fascinados com a luta pelo poder, não se sentem ameaçados. Parece, que todos eles pouco conhecem a história do seu país. Porque se soubessem, então compreenderiam, que a divergência interna, desarranjos, lutas recíprocas podem, mais uma vez levar a consequências trágicas. Não é necessário pensar, que as Sibérias e Holodomores (morte pela fome) nunca se repetirão. Afinal, ir longe na história já não precisa. A história já repetiu-se na Criméia e no Donbas, aonde os "libertadores", mais uma vez, voltaram com baionetas, 

Tradução: O. Kowaltschuk

domingo, 21 de janeiro de 2018

"Bolha de sabão" ou "confisco do século" do Procurador-Geral Lutsenko.
Daria Kalenyuk, Tata Peklun, CPK, Aleksandr Moseynko, Dmitro Denkov, Sevgil Musayev, UP.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 10.01.2018

O que há de errado com o retorno de US $ 1,5 bilhão "do dinheiro de Yanukovych."

"Verdade Ukrainiana" e o Centro de Combate à Corrupção receberam o texto "secreto" da decisão judicial, do canal Al Jazera, com o qual, do rodeamento (cerco) de Yanukovych, confiscaram um valor recorde de US $ 1,5 bilhão de dólares.

Nós publicamos este documento fechado, porque nele se refere ao papel do ambiente mais próximo do presidente Petro Poroshenko, em práticas financeiras do antigo governo.

Ninguém deles assumiu a responsabilidade. Não foram punidos também, aqueles que organizaram esses esquemas criminais, em particular, os próximos de Yanukovych.

Todos os advogados, com os quais os autores trabalharam na preparação do material, concordaram: o peso público desta sentença prevalece sob o selo "completamente secreto", que pessoalmente foi colocado pelo procurador-geral Yuriy Lutsenko - um assistente político de longa data do presidente Poroshenko.

Em conjunto, os autores concluíram, que o documento não contém informações que, de acordo com a lei, pudessem ser classificadas como segredo de estado. Consequentemente, a publicação deste veredicto não pode representar uma ameaça aos interesses nacionais do estado.

Pelo contrário - a decisão deve ser publicada. Sua análise dá bases para acreditar, que o documento secreto foi feito, para que alguns de seus figurantes possam evitar responsabilidade no futuro.

Também a publicação da decisão permitirá uma avaliação real das qualidades profissionais do Procurador-Geral, dos investigadores e das primeiras pessoas do estado, que transformaram numa farsa um dos casos criminais mais importantes na história total da Ukraina.

CRIMES HÁ, CULPADOS NÃO EXISTEM.

A epopeia com o retorno dos bilhões confiscados de Yanukovych durou três anos.

Os primeiros relatos sobre contas bloqueadas de funcionários do regime do ex-presidente começaram aparecer alguns meses após a Revolução da Dignidade.
Mais tarde, no outono de 2014, o Monitoramento Financeiro Estatal (Não tenho certeza se o nome está traduzido corretamente, em ukrainiano são três palavras acopladas. Segundo a tradução do Google é SCFM) concluiu que o montante de fundos bloqueados era de 1,42 bilhões de dólares.

Desde então, as autoridades, repetidamente prometeram que este dinheiro retornaria ao orçamento, e "trabalharia para os ukrainianos".

Em 2.016 a receita planejada a partir do confisco especial até mesmo incluíram ao fundo especial do orçamento do Estado. No entanto, apesar da promessa, os fundos, por um longo tempo, permaneceram nas contas do "Savings Bank", no estatuto de "apreendidos".

Até o momento em que, leal à Procuradoria Militar da cidade de Kramatorsk, o Tribunal aprovou a fatídica decisão, que permitiu transferi-los ao orçamento.

Sobre a decisão judicial soube-se, pela primeira vez, do procurador-geral Yuriy Lutsenko, durante a conferência de imprensa, em abril de 2017. Então, ele declarou, que os fundos detidos do ambiente de Yanukovych "voltaram, totalmente, para o povo ukrainiano."

No entanto, devido à inclusão de informações na decisão judicial acima mencionada, aos "segredos de estado", até agora não foi compreensível a origem do dinheiro preso - como ele foi roubado, a quem realmente pertencia, quem era perpetrador desses crimes e quem, realmente, sofreu punição.

A decisão do tribunal sobre o confisco especial, ocultando os interesses nacionais, foi classificada como violada por inúmeros procedimentos legais.

MUITAS PÁGINAS E POUCO CONTEÚDO.

O documento secreto, que apareceu à disposição dos autores, tem um volume de cerca de 100 páginas. Elas descrevem as atividades da "organização criminosa de Yanukovych" e sua "unidade" - o chamado grupo de empresas "SEPEK", que, de acordo com a investigação, foi liderado por Sergei Kurchenko, mascarando-a sob uma corporação financeira.

"SEPEK" criou empresas fictícias para evadir impostos e lavagem de dinheiro. Eles trabalhavam nos escritórios "Arena Citi" em Kyiv, e "Moscou CITI" em Moscou, Kharkiv e Donetsk.

O veredicto descreve oito esquemas para o roubo de fundos públicos em combustível, energia e bancos, implementados pelo "SEPEK".
Trata-se de seguintes episódios:


  1. "Gás liquefeito". Captura ilegal de gás liquefeito pela PJSC "Ukrgazvydobuvannya" e PJSC "Ukraanafta" de um montante total de  de 2.196 bilhões de UAH. (UAH - moeda ukrainiana).
  2. Apropriação ilegal do caixa de "Naftogaz" no montante de 449 milhões de UAH.
  3. Apropriação ilegal dos fundos NBU, no total de 787 milhões de UAH, sob a forma de um empréstimo de estabilização ao "Real Bank" OJSC, dirigido por Kurchenko.
  4. Apropriação ilegal de fundos de "Brokbusinessbank" no montante de 836 milhões de UAH através da provisão ilegal de empréstimos ao já mencionado Banco Real.
  5. Aquisição ilegal de fundos do Brokbiznesbank para um total de 1,4 bilhões de UAH através da emissão de empréstimos a empresas falsas.
  6. Aquisição ilegal de fundos do Ukrgasbank no montante de 499 milhões de hryvnias ao concluir contratos de venda e compra de títulos da Instituição Hipotecária Estadual.
  7. Aquisição ilegal de fundos do PJSC "Fundo Agrário" por mais de 2 bilhões de UAH - através da celebração de contratos de venda de títulos do governo com Ukrgasbank e acordos de recompra direta com o Banco Nacional.
  8. "Torres de Boyko". Aquisição ilegal de fundos pelo Naftogaz Ukraina PJSC por um montante total de 4.966 bilhões de UAH.


Nenhum dos organizadores desses esquemas tem sentenças judiciais. Sabemos, apenas de duas sentenças - quanto a Alexander Katsuba e Arkady Kashkin. O primeiro no caso de "Vêshok Boyka" que estabeleceu acordo com a investigação e deu valiosos testemunhos. No entanto, seus testemunhos não levaram à apresentação de suspeita ao próprio Yuri Boyko.

Em geral, com ajuda desses esquemas, o "grupo criminoso" apropriou-se de fundos no valor de mais de 13 bilhões de UAH. No entanto, como exatamente esses fundos se acumularam, quem realizava ou respondia por todas as "maquinações", qual era a cadeia de transações para cada esquema - no veredicto não fala.

E, em vez disso, o documento contém uma descrição detalhada de apenas uma das etapas de legalização do dinheiro recebido de forma criminal.

Assim, de acordo com o veredicto, o dinheiro foi levado devido à criação de cerca de 400 empresas ukrainianas e estrangeiras.

(Prezados, este trecho é apenas metade de um texto. Um segundo texto é praticamente impossível eu traduzir, devido a termos específicos. Assim, nós vamos esperar algum resultado concreto, depois em comunico - OK).

Tradução: O. Kowaltschuk

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

O que devemos fazer com o patriarcado "canônico" de Moscou?
Radio Svoboda ( Rádio Svoboda), 06.01.2018
Peter Kralyuk

Crimeia ocupada. Metropolita da Igreja Ortodoxa da Ukraina (Patriarcado de Moscou) Platão abençoa sistema de mísseis antiaéreo russo de grande e médio alcance S-400 "Triumph", implantado em Feodócia, 14 de janeiro de 2017.

O caso que ocorreu no Zaporizhzhya, quando os sacerdotes da UOC (Patriarcado de Moscou), de fato filial da Igreja Ortodoxa Russa, se recusaram rezar pela criança tragicamente morta, causou uma ressonância considerável na sociedade.

Brinquedos infantis próximo da construção da igreja da UOC (Patriarcado de Moscou) em protesto contra a recusa dos sacerdotes desta igreja em rezar pelo menino falecido, de dois anos. Zaporozhzhya, 05 de janeiro de 2018 

Embora os atos semelhantes dos clérigos, desta aparentemente estrutura da igreja, a muito já são normais. Referindo-se aos cânones, eles recusam-se à confissão, aos "separatistas", na implementação do sacramento, na implementação do sacramento do casamento. São conhecidos os fatos em que esses clérigos demonstraram atitude negativa em relação aos soldados ukrainianos que morreram no leste da Ukraina.














No dia de memória e reconciliação, em 8 de maio de 2015, no Parlamento ocorreu uma reunião solene da Verkhovna Rada (Parlamento). O presidente da Ukraina anunciou o nome de 21 cidadãos que receberam o título de Herói da Ukraina, 10 deles - póstumo. Durante o anúncio dos nomes, na sala, todos os presentes levantaram, incluindo sacerdotes de várias outras igrejas, exceto os representantes da UOC (Patriarcado de Moscou) - inclusive o próprio chefe, Metropolita Onuphrius.

Cânones e "canônicos".

Em geral, discutir a questão dos cânones com representantes do Patriarcado de Moscou - a questão é sem esperança. Se canonicamente, por exemplo, tornou-se Metropolita de Kyiv em 1448 Ion, que não morava em Kyiv, mas em Moscou? Além disso, ele nunca recebeu a bênção em Constantinopla.
Foi durante o seu tempo que a Igreja Ortodoxa em Moscovia tornou-se autocefálica - sem consentimento do patriarcado universal. Quão canônica foi a criação do Patriarcado de Moscou em 1589? Ou a subordinação a ele do metropolita de Kyiv em 1686? Ou, o quanto correspondia aos cânones a liquidação do patriarcado no império russo no período de Pedro I e a criação aqui, de uma igreja sinodal? E se era canônica a "restauração na URSS em 1943 do Patriarcado de Moscou, realizada com a sanção de Joseph Stalin? Ou vejamos os exemplos recentes. Se respondia aos cânones a realização do concílio ecumênico de Kharkiv da Igreja Ortodoxa Ukrainiana em 1992, e a eleição, nesta ocasião, de metropolita de Kyiv Volodymyr Sabodan, que não pertencia aos hierarcas da Igreja ortodoxa ukrainiana e, no concílio não esteve presente?
E, o que dizer sobre os pequenos exemplos"?

- A história da Igreja ortodoxa Russa - é um desrespeito e violação dos cânones ortodoxos. Não é em menor medida que isto refere-se à sua lilial - Igreja Ukrainiana Ortodoxa do Patriarcado de Moscou, que está sob a jurisdição do Patriarcado de Moscou. No entanto, os clérigos dessas estruturas da Igreja constantemente falam de sua canonicalidade.  Eles dizem que apenas eles são "certos" e "reconhecidos" pela igreja, que somente a sua fé é verdadeira. Infelizmente, muitas pessoas compram essa propaganda barata. De fato, a canonicalidade do Patriarca de Moscou é situacional. Quando necessário, um certo cânone é lembrado. quando surge outra situação, este é esquecido. E, frequentemente, a interpretação arbitrária dos cânones, é seu pensamento. Especialmente com isso pecam agora os atuais cléricos da Igreja ortodoxa Ukrainiana do Patriarcado de Moscou, que não se destacam em educação, em particular teológica. Basta ouvir a linguagem de seu atual representante, o Metropolita Onuphri (Berezovski), para tirar conclusões.

Chefe da Igreja Ortodoxa Ukrainiana (Patriarcado de Moscou), Metropolita Onuphrius, em sua residência em Kyiv-Pechersk Lavra. E na parede - retrato do Patriarca de Moscou Kirill, chefe da Igreja ortodoxa Russa. Kyiv, janeiro de 2017.

Ou o que vale o bispo de Zaporizhzhya e Melitopolskaya, Luca, em cuja diocese houve o acontecimento infeliz com a proibição do funeral da uma criança?
Este destacou-se contra a celebração do Natal ortodoxo segundo o novo calendário, foi celebrá-lo na Hungria. As pessoas, que são um pouco versadas nos cânones da igreja, consideram simplesmente incrível ler a justificativa cínica das ações do padre, que negou-se à rezas por uma criança que são fornecidas pelas estruturas oficiais de Igreja Ukrainiana Ortodoxa do Patriarcado de Moscou, inclusive pela diocese do Zaporizhzhya. Por sinal, a última pertence aos maiores propagandistas do "mundo russo" na Ukraina. E, provavelmente, não é em vão que aqui ocorre este caso ressonante.

Em princípio, é compreendido, quando das sanções do Patriarcado de Moscou para altas posições hierárquicas colocam-se clérigos com baixa escolaridade, na Ukraina. Estes são mais fáceis de gerir. E eles, sem muito pensar, farão tudo o que lhes dizem em Moscou.

Terá o governo suficiente vontade política para resolver a questão ortodoxa?

Com certeza não precisa provar que a Igreja Ortodoxa Ukrainiana do Patriarcado de Moscou - não é apenas uma igreja, mas também uma instituição política. Conjuntamente, a instituição que, executando a vontade de Moscou, conduz uma política destrutiva. Isto é claramente evidente na atitude da Igreja Ortodoxa Ukrainiana (Do Patriarcado de Moscou) nos eventos no leste da Ukraina.















Da esquerda para direita: Ioannik (Kobziev), Metropolita da Igreja Ortodoxa de Luhansk e Alchevsk (Patriarcado de Moscou) e Igor Plotnytsky, então líder do grupo "LNR" (República Popular de Lugansk), reconhecido como terrorista na Ukraina. Lugansk ocupado, 4 de novembro de 2.014 (Os jornais, diariamente, comentavam as diversas atrocidades contra a população indefesa - OK).

Para liderança da Igreja Ortodoxa Ukrainiana do Patriarcado de Moscou - isto não é agressão da Rússia mas guerra civil (puramente posição russa). Adicione a isso a propaganda do "mundo russo". Mas, isso ainda não é tudo. Por muitos anos, o clero da Igreja Ortodoxa Ukrainiana do Patriarcado de Moscou semeia a divisão na sociedade ukrainiana, cultivando o ódio aos seguidores de outras igrejas, principalmente aos apoiantes da Igreja Ortodoxa Ukrainiana do Patriarcado de Kyiv. Neste contexto, até mesmo ocorrem conflitos familiares. Alguns partidários radicais à "canônica" Igreja Ortodoxa Ukrainiana do Patriarcado de Moscou exortam os crentes a abandonarem às "inoculações", os códigos de identificação, etc. Interessante, aonde tais coisas são prescritas nos cânones.

A Igreja Ortodoxa Ukrainiana do Patriarcado de Moscou, para sociedade ukrainiana tornou-se um problema. Mas esse problema, em parte, realizou-se com as mãos das autoridades ukrainianas devido a silenciosa condescendência da comunidade ukrainiana. Por que será, sem colaboração das autoridades governamentais, em tempos recordistas, crescia a quantidade  de comunidades mosteiros, outras instituições da Igreja Ortodoxa Ukrainiana do Patriarcado de Moscou, durante o tempo da Independência da Ukraina? Não foi o governo, que sem problema registrava essas estruturas, fechando os olhos aos momentos errados em suas atividades, dava-lhes lotes de terra, até dinheiro? Especialmente isto refere-se ao período da Presidência de Leonid Kuchma e Viktor Yanukovych. Afinal, será que poucos paroquianos continuam nas Igrejas Ortodoxas Ukrainianas do Patriarcado de Moscou, e entre eles conhecidos empresários, que generosamente derramam dinheiro aos "canônicos" padres?

Provavelmente, às autoridades atuais é hora pensar sobre a decisão do problema ortodoxa na Ukraina. Infelizmente, neste plano não há nenhum sinal de conquistas, nem, afinal, de algum plano. Claro, idealmente, seria a criação de uma única igreja ukrainiana, independente, ortodoxa. Mas esta é uma tarefa excessiva. Embora seja possível começar colocar no lugar o clero da Igreja Ortodoxa Ukrainiana do Patriarcado de Moscou, usando mecanismos legais. Afinal, isto é real. Se houvesse apenas vontade política para isto.

Peter Kralyuk - vice-reitor da Ostroh Academia.

Tradução: O. Kowaltschuk

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Ukraina não tem um futuro europeu com a atual classe política no poder.
Especialista do Centro ECFR
Voz da América, 08.01.2018


Ukraina não tem um futuro europeu com a atual classe política no poder. 
além disso, o auto enriquecimento de políticos, que se encobrem com o status de "pró-europeu", só desacredita a União Européia, diminui sua influência e perturba o processo de reforma na Ukraina.

Sobre isto, afirmou em um comentário publicado pelo site do Conselho Europeu de Relações Exteriores, um especialista no programa europeu, que se especializa em segurança e defesa, Gustav Gresel.

Ukraina não tem futuro europeu com tal governo - especialista do Centro ECFR.



















Gresel vê na Ukraina sinais de colapso, pelo presidente Poroshenko, de "progresso no domínio da lei e da divisão do poder do Estado, que se conseguiu após a Revolução da Dignidade".

De acordo com o autor, isto é indicado pela situação em torno do político ukrainiano de oposição, o ex-presidente georgiano Mikheil Saakashvili, pressão sobre NABU (Gabinete Nacional Anti-Corrupção da Ukraina), qualidade dos juízes recém-nomeados à suprema Corte, ataques aos combatentes contra corrupção, outros.

A ameaça de reeleição e preservação do poder de Poroshenko, pode ser a única língua que ele entende.

"Se isso continuar, Ukraina novamente se tornará uma cletocracia quase-autoritária, na qual alguns líderes estatais usam o poder e força do aparelho estatal para promover seus próprios interesses", escreve o pesquisador ECFR. 
(O Conselho Europeu das Relações Exteriores (ECFR) é um grupo de reflexão pan-europeu, com escritórios em sete capitais europeias. Iniciado em Outubro de 2007, conduz investigação e visa promover debates informados em toda a Europa sobre o desenvolvimento de uma política externa européia baseada em valores coerentes e eficazes).

Para evitar esse cenário Gresel exorta a União Européia a recorrer a prisão das contas locais, dos membros corrompidos do governo ukrainiano e aqueles, que se opõem às reformas.

"Isto enviaria um sinal muito claro na véspera das eleições presidenciais e parlamentares de 2.019 - as auto-denominadas elites ukrainianas "pró-europeias não tem apoio europeu. Mais que isso, a ameaça da reeleição e preservação do poder por Poroshenko, pode ser o único idioma, que ele compreende", - pensa Gresel.

O especialista também observa que a ofensiva européia contra a corrupção na Ukraina não deve ser vista como enfraquecimento na luta pela soberania e independência contra a Rússia. 

"A corrupção e a soberania são questões diferentes, e precisam ser distinguidas", enfatiza Gresel.

A exigência central da Revolução de Dignidade era a transformação da Ukraina em um estado, que respeita a lei, trata todos os seus cidadãos igualmente e com respeito, e não permite enriquecimento ilícito da elite política. Poroshenko e seu governo não cumpriram esses requisitos. A administração de Poroshenko, cada vez mais, transforma Ukraina na cópia espelhar da velha. Os líderes europeus não devem permitir o uso de si próprios como uma folha de figueira que cobre tal regressão da Ukraina", enfatiza Gresel.

                         Membros da "Voz da América"













Tradução: O. Kowaltschuk