segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Com a rapidez da tartaruga
Dzerkalo Tyzhnia (Espelho da Semana), 27.10.2017
Sergey Sledz


Durante o ano, nenhuma das principais realizações do Ministério das Finanças do governo, ou do Parlamento, que contribuiria com a detenção da economia de sombra e criaria condições prévias para o seu desenvolvimento, aconteceu.

(O volume da economia de "sombra" na Ukraina, é de 1,1 trilhões de hryvnias).

Isto é desperdício. Nós não temos tempo para tal reforma. Estamos em outubro de 2.017... Sociedade sem rumo. Emigração de trabalhadores. E no Oriente - guerra.
Sem reformas rápidas na economia, o sistema tributário e aduaneiro, que preenchem o orçamento do Estado, o restante das reformas podem simplesmente, não acontecer. Não é segredo para ninguém, que o orçamento estatal, atual, não corresponde à economia, grande parte da qual há muito e profundamente, está implementada na "sombra".

Já, até não são tão impressionantes os números absolutos de diversos pesquisadores, que avaliam o nível sombrio da economia doméstica - de 35 a 65%. Quão chocante é o fato de sermos - nós líderes de países com a maior economia sombria. Na nossa frente apenas Nigéria com o índice de 48,37% e Azerbaijão com 67,04%.

Quais, em tal condições, podem haver investimentos estrangeiros! Aqui, cuidar para não perder nossos empresários legais.

Assim, em 2016 na Ukraina, o volume da economia, da qual não se pagam os impostos, ou seja, de "sombra", ascendeu a 1,1 trilhão de hryvnias (avaliação ACCA - Associação de Contadores Certificados Licenciados). E isso, apesar do fato de que o PIB no mesmo ano ascendeu a 2,38 trilhões de hryvnias, e a parte da receita do orçamento do estado  - 595 bilhões de hryvnias (UAH).

Resolvendo o problema da detenção da economia de sombra, o Ministério das Finanças, juntamente com a comunidade, especialistas, com o apoio dos negócios e o corpo legislativo, em 2017, desenvolveu uma série de projetos, que lançaram luz sobre a "sombra", revelaram suas causas e determinaram maneiras de combatê-las. 

Grupos de trabalhos, mesas redondas sob pontaria de meios de comunicação não indiferentes, fóruns, desenvolvimento de especialistas, planos de ação e até mesmo uma série de projetos de lei registrados.  Tudo isso houve. Não há, apenas, resultado concreto desse trabalho, incorporado à realidade. Além disso, não há nem mesmo uma noção clara, quando esperar esse resultado.

SFR apenas recebeu seu projeto.

O Serviço de Investigação Financeira (SFR) - questão ultrapassada, que preocupa as empresas cansadas da pressão de várias agências de segurança. Além disso, a criação desta estrutura prevê Acordo de Coalizão, plano de ações do governo e Memorando de cooperação com o FMI. Sem ela não pode haver uma reforma fiscal bem sucedida.

Desde 01 de janeiro de 2017, devido a um erro técnico no parlamento, a polícia fiscal apareceu, de repente, fora da lei. O ministro das finanças Alexander Danyluk sugeriu não reanimá-la, e todas as forças lançar, o mais rápido encaminhar na criação de novo serviço: Contando com a experiência do NABU (Gabinete Nacional Anti-Corrupção da Ukraina) e da Agência Nacional para a prevenção , penso eu, em seis meses lançaremos este serviço.

Qual o resultado? Até o final do ano restaram dois meses. Desenvolvido por especialistas, Ministério das Finanças e aprovado pelo governo, a proposta da lei não deu entrada à Cúpula do Parlamento. E a polícia fiscal, como antes, não se apressa.  Em 19 de outubro, à interrogação de DT. UA sobre SFR, o Secretário do Ministério das Finanças da Ukraina, Yevhen Kapinus disse: "Foi uma decisão do presidente e primeiro-ministro que o projeto seja preparado pelo presidente fiscal do Parlamento. Nossas proposições fornecemos, agora, esperamos... Quanto tempo precisamos aguardar, não sabemos.

Verdade, já no dia seguinte (20 de outubro), o primeiro ministro levantou o véu da incerteza, anunciando o desenvolvimento do projeto de lei pelo Parlamento. E, em 24 de outubro o presidente afirmou: "O conceito do Serviço de Inteligência será apresentado hoje pelo presidente do Comitê do Parlamento sobre Política Tributária e Aduaneira, por H. Yuzhanin".

O tempo, é claro, foi desperdiçado, mas os movimentos no escalão superior do poder sugerem que, no final do ano entrará em vigor o documento que atenderá às expectativas dos negócios, e que contribuirá para o aquecimento do clima de investimentos na Ukraina.

Não existe um Plano de Jure para aduana.

Muito mais esforço e tempo foram gastos no desenvolvimento de um Plano de Ação de Reforma Aduaneira. Os desenvolvedores chamam-no de documento estratégico, que incluirá uma lista detalhada de atividades de 19 áreas, tais como: organização e gastos de alfândegas, questões de pessoal e motivação dos funcionários aduaneiros, desenvolvimento e equipamentos de infra-estrutura, facilitação comercial, segurança da cadeia de suprimentos, controle pós-aduaneiro, auditoria...

Infelizmente plano também não há, embora seu texto tenha sido preparado pelo grupo de trabalho há muito tempo. E, com grande probabilidade, pode-se reconhecer, que breve ele não aparecerá. A questão é que reforma estrutural da alfândega, será incluída no Plano. Com sua ajuda, o Ministério das Finanças esperava aumentar a capacidade administrativa dos costumes através da eliminação das alfândegas regionais, e criação de uma central, mas controlada pelo Serviço Fiscal do Estado da Ukraina (DFS). No entanto, essa abordagem não é compartilhada no Comitê de Impostos do Parlamento, e insistem numa aduana forte e independente.

O Plano está em suspenso - a resolução de KMU (Gabinete Ministerial da Ukraina) sobre eliminação das aduanas como entidades jurídicas, foi votado, mas o primeiro-ministro não assinou. Ou seja, não existe um plano de Jure. (Segundo informações disponíveis, o Plano está sendo ajustado com os parceiros internacionais, e já por dois meses a comunidade empresarial e especialistas aguardam a conclusão e sua entrada ao Conselho Ministerial.

Projetos de lei contra sombra.

Fornecimento ilimitado de bens ilegais ao mercado, suas vendas na "sombra" e, consequentemente, a possibilidade de organizar esquemas de "sombra" pelo não controlado valor da realização da venda de produtos não controlados. Eis a o que levou o parasitismo de grandes negócios em um sistema simplificado.

Agora, para realizar falsificações, contrabando, ou até roubos, mesmo nos centros comerciais mais caros da Ukraina, é suficiente alugar áreas comerciais sob o registro de pessoa física - empreendedora (FOP), por exemplo, Grupo II. A lei lhes permite, um volume de negócios anual não superior a um milhão de UAH, não apenas não manter registro de operações, mas também a recusa de provas documentais da origem dos bens. Como resultado, nenhuma validação pode determinar quanto e qual produto foi vendido. E qual é a escala real da atividade de uma FOP, tão empreendedora, que gerencia, sem exceder o volume de negócios equivalente a 37 mil dólares, pagar um aluguel de boutique elegante em um shopping de prestígio.

Os deputados propuseram sua versão da decisão: projeto de lei "Emendas ao Código Tributário da Ukraina e Certos Atos Legislativos da Ukraina para reduzir  o volume de Negócios de Mercadorias e Serviços" Nº 7142, à revelia da lei. Para a separação de reais e falsos empresários, o documento propões critérios adicionais (área de negociações), que isenta o empresário do uso de PPO (Registro de operações de liquidação). Propõe-se a introdução do uso obrigatório de PPOs aos empresários simplistas, que negociam independentemente, em instalações comerciais separados de 150 m². Com a implementação simultânea para tais FOP, o dever de manter registros primários para bens comprados.

Além disso, através do PPO (Registro de operações de cálculo), o projeto de lei pretende retirar da economia de "sombra" , os produtos de risco (medicamentos, e bens sujeitos a impostos especiais de consumo) e produtos de alto preço (aparelhos sofisticados e jóias).

- Juntamente com o número da lei Nº 7142, os deputados propõem uma série de ações. Entre elas - o projeto de lei Nº 4117 (Como PPO - Registro de Operações de cálculo - tablete), mas ele "encalhou", e não está sendo preparado para segunda leitura. Os projetos de lei Nº 6757 e 6759 motivam os compradores de receber em dinheiro parte do montante das penalidades em caso de violação pelo vendedor do pedido de operações de liquidação. Sobre a briga contra os chamados "casacos" e "parcelas comerciais" é mencionado no projeto de lei Nº 6755 e 6756. Espera-se que esta luta não afete o consumidor básico. Além disso, os deputados preparam um novo projeto de lei sobre a compensação do valor do PPO devido ao pagamento insuficiente de um imposto único.

Paralelamente, o grupo de trabalho do Ministério das Finanças preparou um projeto de lei que apresenta a terceira geração de PPOs (Smartphones e tablets como PPPs), expande o alcance do uso de PPPs em categorias de risco de pagadores, fornece mecanismos para pagar aos consumidores pela verificação.

Na contagem de todos os trabalhos por ano pode-se aceitar a decisão do Gabinete Nº 213. Mas o monitoramento do Centro de Experiência Independente do Consumidor "Teste" mostrou que 13 das 20 maiores lojas nacionais ainda oferecem aos compradores, na compra de smartphone, recibos comerciais, em vez de fiscais... Comentando esse resultado, DFS (Serviço Fiscal Estatal) apenas se queixa da irresponsabilidade de vendedores: "Nós comparecemos para verificação, nos perguntam: "De quanto é a multa?" - "Um UAH" - "Você pegue 5 e vá em frente", - disse o chefe do departamento de controle de operações DFS Stanislav Kubrin.

A julgar pelas últimas declarações de várias associações de negócios, há grande necessidade de reformas.

E, às autoridades, à luz de tudo, responder será preciso. A espera não será longa. As eleições não estão longe... A próxima plataforma para a troca de idéias pode ser o fórum econômico aberto "Escalas e esquemas da economia de sombra".

Tradução: O. Kowaltschuk

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Ilmy Umerov e Acthem Chiegas foram "dados" para Turquia.
Ukraina Moloda (Ukraina Jovem), 25.10.2017


Acthem Chiegas e Ilmy Umerov voaram para Ancara
Os ocupantes russos entregaram a Turquia os condenados na anexada Crimeia, os representantes do Mejlis da nação tártara Acthem Chiegas e Ilmy Umerov. Os dois prisioneiros políticos foram colocados no avião, que partiu de Anapa  russa para Ancara na quarta-feira. 
Sobre isto informou aos jornalistas o líder do povo tártaro da Criméia Mustafa Dzhemilev.
Dzhemilev acrescentou que essa troca foi possível graças aos acordos durante a visita do presidente da República Turquia Tayyip Erdogan a Ukraina.

Por sua vez, o ex-cônsul geral em Istambul, Bohdan Yaremenko escreveu no Facebook: "A questão de Umerov e Chiegas à Turquia - interessante e sem precedentes. Se é assim, então é muito bom que a vida de duas pessoas maravilhosas será preservada (que, em breve, espero, possamos abraça-los em Kyiv). Mas, do ponto de vista jurídico - isto é como o fim do mundo. Dois cidadãos da Ukraina, a quem Rússia considera, sem fundamento, cidadãos da Rússia, e não menos sem fundamento condenou-os  por crimes, que eles não cometeram, ou, precisamente, não cometeram na Rússia, por algum motivo entrega-os à Turquia, a qual, simplesmente, não tem nada a ver com o caso... Milagrosos assuntos seus, ó Senhor!"

Ilmy Umerov trabalhou na área médica na Rússia. Em 1988 voltou para sua pátria histórica Bakhchisaray, onde trabalhou como engenheiro, diretor da empresa "Elmaz". Em 1994, eleito deputado na República Autônoma da Criméia, fez parte da comissão nacional de política e problemas de cidadãos deportados. Desempenhou diversos cargos importantes na Criméia, até 2014 quando, oficialmente declarou que não reconhece a transição da Criméia para a jurisdição da Rússia e, em 19.08.2014 pediu dispensa de seu cargo, escrevendo que "não tinha capacidade de realizar o trabalho em condições que mudaram e exigem violação de seus próprios conceitos e princípios de vida". Posteriormente afirmou que deu esse passo para não prestar juramento à Rússia como funcionário público.

Umerov não aceitou várias propostas para mudar-se à Ukraina, e de lá continuar na esfera política, em luta pela Criméia. Devido à Doença de Parkinson obrigou-se a providencias o passaporte russo, para poder receber a aposentadoria na Criméia, porque já lhe era difícil viajar todos os meses a Ukraina. Mas, disse aos amigos que o passaporte russo usava, somente, para receber o salário.

Em maio de 2016 Umerov foi detido pelo Serviço Federal de Segurança da Federação Russa na Criméia. Em agosto de 2016 o Tribunal russo da Criméia decidiu enviar Umerov a um exame psiquiátrico forçado. Em setembro de 2016, o Tribunal Distrital de Bakhchisaray na Criméia condenou Umerov a uma multa de 750 rublos pela participação na reunião da organização.

Em 27 de setembro o tribunal russo na Criméia condenou o presidente do Mejilis, da nação crimeana-tatar Ilmi Umerov a 2 (dois) anos de colônia, e mais dois anos lhe proibiu o exercício de atividade pública. Hoje, 25 de outubro, Umerov voou para Turquia e foi liberado das sentenças. E, cessam as perseguições a uma pessoa que dedica-se a seu povo.


A alegria da filha de Umerov
À tarde apareceram mais notícias na "Verdade Ukrainiana": Umerov e Chiegas virão a Kyiv na quinta-feira, avisa Dzhemilev (Dzhemilev, deputado da Ukraina por duas vezes (III - VIII convocação) e presidente de Mejlis do povo tártaro da Crimeia, de 06.07.1991 a 27.10.2013.
Umerov e Chiegas, segundo Dzhemilev, devem encontrar-se com Erdogan, presidente da Turquia, ou com o primeiro-ministro da Turquia.

Dzhemilev recebeu um telefonema de A Chiegas. Na turquia, a Chiegas e Umerov propuseram assistência médica, mas eles recusaram porque querem vir logo para Ukraina.  Refat Chubarov, presidente do Mejlis disse que Umerov e Chiegas viverão e trabalharão em Kyiv.

(Prezados, reparem nas diferenças. Umerov e Chiegas mal pisaram no solo turco e já lhes propuseram tratamento médico. Na Rússia, antes de tudo, você é jogado numa prisão - OK.)

Segundo reportagem da "Verdade Ukrainiana" Erdogan, no encontro com Poroshenko, em Kyiv, disse publicamente que Turquia estava tomando medidas ativas para libertar os reféns na Criméia (Ele esteve, a poucos dias, na Ukraina - OK).

Segundo as palavras do presidente do Mejilis, da nação crimeana tatar Refat Chubarov,  a liberação de Umerov e Chiegas foi devido aos esforços e contribuição de muitas pessoas, de diferentes países - deputados, PACE, OSCE, outras instituições internacionais, diplomatas ukrainianos e líderes políticos dos países europeus, EUA, Canadá e numerosas organizações da diáspora ukrainiana e tártara.

Tradução: O. Kowaltschuk.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Eles buscavam toda a família e em vagões de mercadorias levavam para Sibéria - operação pouco conhecida "Zapad".
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 20.10.2017.
Galina Tereshchuk
















Lviv - Até hoje, outubro de 1947 é pouco conhecido e não investigada apropriadamente página na história da Ukraina. De 21 a 26 de outubro de 1947 o governo soviético realizou a operação oeste  ("Zapad"), deportando, principalmente para Sibéria, e também para Cazaquistão, cerca de 27 mil famílias, quase 80 mil pessoas, inclusive crianças e pessoas idosas, dos territórios da Ukraina Ocidental. Hoje, é bastante difícil encontrar testemunhas vivas desta tragédia do povo ukrainiano. Ainda encontram-se pessoas sós, de idade avançada, que sobreviveram a esta terrível deportação, e até hoje estas lembranças estão repletas de dor e lágrimas.

Pegavam toda a família e em vagões de mercadoria levavam para Sibéria - operação pouco conhecida "Zapad" (Oeste).  (Rússia não mudou. Oleg Sentsov, produtor de filmes. A pouco tempo, ele foi enviado para o mesmo lado. A sua última parada conhecida é Yamalo-Nanets.  Se a colônia em Labitnangi  será o último ponto, por enquanto não está claro, disse o advogado Dmitry Dinze. Rússia não quer que Sentsov mostre-a ao mundo tal como ela é na realidade. OK).

1947, como os anteriores - 1939-1941, 1944-1946 quando URSS ocupava as regiões da Ukraina Ocidental, não era nem um pouquíssimo mais tranquilas que os anos anteriores, para os ukrainianos. Milhares de pessoas foram presas, condenadas, enviadas para campos da Sibéria. Mitos morreram e houve centenas de pessoas desaparecidas. As pessoas ficaram com medo. Toda batida na porta, geralmente, causava ansiedade nas famílias. As pessoas dadas como desaparecidas, geralmente eram assassinadas. 

Sob a parte em russo diz: Plano de operação da questão "Zapad" (oeste - em russo) na região de Lviv.

Na família de Ivanna Arsenitch, de 17 anos nada ouviram sobre a operação "Zapad", não sabiam que preparava-se uma deportação em massa daqueles que apoiavam o movimento de libertação nacional, ou alguém da família lutava no Exército Insurreto Ukrainiano. A mulher contou à Rádio Liverty (Radio Svoboda), que ela e seus pais moravam na aldeia dos Hutsol  (Grupo Étnico ukrainiano que vivia nos Cárpatos, Nizhniy Bereziv (Região de Ivano Frankivsk). Seu irmão, o jovem artista Boleslav servia no Exército Insurgente Ukrainiano. Tinha o apelido "Luk"  (arco). Ivanna Arsenitch lembra outubro de 1947.

Ivanna Arsenitch, vítima da deportação soviética de 1947, na Ukraina Ocidental - operação "Zapad".

"Não lembro agora, se foi no dia de Nossa Senhora, ou alguns dias depois. Mas, definitivamente, foi na segunda metade de outubro de 1947. Então caiu muita neve. Nos levaram, disseram que foi por causa do irmão que servia no UPA (Exército Insurgente Ukrainiano). Eu ajudava os rapazes do UPA, como toda nossa aldeia. Quase todos apoiavam, porque muitos foram ao UPA. Minha mãe teve apenas um filho e o tempo todo dizia que precisava ir ajudar. Lá aonde estava um deslocamento, nós levávamos comida, materiais secretos. O primeiro aprisionado foi o presidente do Conselho da Aldeia, seu único filho morreu na luta do UPA, depois eu fui aprisionada, depois meu pai. Nos jogaram no porão que era grande. Para lá traziam os camponeses e depois para o depósito de cereais. Mamãe, pela manhã ainda tirou leite das vacas, a avozinha, estava com 91 anos. Ela não sabia que nos levavam para Sibéria. Nos colocaram nos carros - diz Ivanna Arsenitch. - Eu, horrorizada pensei sobre vovozinha, fiquei com muita pena dela porque não sobreviveria. 
Nós a descemos da máquina, aqueles rapazes que estavam nos postos, ou não viram, ou simplesmente deixaram e vovozinha voltou aos parentes da aldeia.

Nós viajamos em vagões mercantis, fomos "empacotados" em Kolomyia. (É desta localidade que vieram meus pais, mas anteriormente. Já tinham cinco filhos, um irmão e eu já nascemos no Brasil -  e precisavam possuir mais terras, mas não havia terra para adquirir e muitas famílias procuravam outros países. Quando meu pai resolveu emigrar, Canadá e Estados Unidos, não tenho certeza se os dois,  já não aceitavam mais. Sobrou Argentina e Brasil que foi escolhido - OK).
Passamos quatro semanas difíceis, em clima frio e com fome. Alguma coisinha  davam nas estações. Algumas pessoas ainda tinham um pedacinho de pão seco, fervíamos água. Nós podíamos trazer algo de nossas casas, mas não nos permitiram. Trouxeram-nos para a região de Omsk. 
Primeiro , nos levaram ao banho, depois deixaram em barracas vazias. A fome era terrível, nós não tínhamos nada porque fomos proibidos de trazer qualquer coisa. 

Lá estava apenas toda nossa gente, de Kolomyia.

Depois de um mês nos levaram para floresta, além de Irtesh, e eu consegui fugir de lá. Como eu consegui coragem para fuga, não sei, mas consegui sobreviver naquele rigoroso inverno. Consegui voltar para Kolomyia. Primeiramente escondia-me com as famílias estranhas, nas montanhas, nas aldeias, sofri bastante", - acrescenta ela.

"Sobre mim pulavam e gritavam: "banderivka" (Bandera destacou-se como líder de ukrainianos que lutava contra o domínio russo - OK).

Catarina Pelehaty (Vasilyuk pelo pai), de Lviv, em outubro de 1947 tinha 14 anos. Ela e sua irmã, viviam então em Drohobych, na casa do avô. As meninas estudavam na escola. A mãe e o pai viviam próximo, na aldeia Lishnia. O irmão de Catarina Pelehaty pertencia à organização subterrânea (pidpilhna) juvenil "Kruty". Em fevereiro de 1947, junto com seus amigos de causa (pobratymy) foi sentenciado e enviado para exílio em Cazaquistão. O futuro marido de Catarina - Mykola Pelehaty foi condenado e enviado para Sibéria.

Catarina Pelehaty, vítima da deportação soviética de 1947 na Ukraina ocidental - operação "Zapad" ("Oeste").

A família de Catarina Pelehaty ajudava UPA. A mulher lembra, que o avô tinha uma loja de louças e sempre apoiava os insurretos.

Mapa da operação "Oeste"(Zapad)
Na noite de 21 de outubro de 1947, primeiro levaram meu pai, da aldeia. Mamãe e avó deixaram. Vieram buscá-las pela manhã. Fizeram isto de propósito para que o pai não as ajudasse arrumar-se. Quando a mãe vestia a vovozinha, ela atrasou-se. Enquanto isto os soldados armados andavam pela casa e levavam objetos. As mantas de lã enfiavam nas calças. Eles foram vistos pelos rapazes que iam à escola em Drohobych e vieram nos avisar. Nós não fomos à escola, fomos à cidade.. Vieram até nós na hora do almoço, o avô já não estava na residência. O pai já estava acompanhado por um comboio. Nós começamos a nos aprontar, eu peguei livros e macarrão. O pai achou dinheiro e felizmente levou. Ao avô vieram na noite de 22 de outubro. Nós nem soubemos isso. Nós levaram por Drohobych, as pessoas corriam para despedir-se. Nos colocaram nos vagões dos animais, sem janelas, sem banheiros, com grades de metal. Colocaram tantas pessoas - idosas, jovens, estudantes, crianças, que não havia lugar para sentar.  Um homem que conseguiu trazer um pequeno machado, cortou um buraco no piso de madeira. Nós, interagindo uns com os outros, assim podíamos ir ao banheiro. Comida não traziam. As pessoas nos davam água. Traziam pessoas de todas as regiões, e no terceiro dia o trem de carga partiu. Nos vagões estava escrito "Trigo". Pelo caminho dividíamos o que tínhamos, água bebíamos um gole, não nos lavávamos, porque economizávamos a água. "Piolhos" , - contava a mulher.

Insurgentes
Viajamos dois dias, e já na Rússia nós liberaram na rua. As pessoas corriam buscar água, a escolta atirava, mas as pessoas corriam.


Trouxeram-nos uma sopa rala e peixes especialmente salgados para sentíssemos sede. P pai conseguiu comprar na estação, dois baldes de água. Por um pagou 25 rublos aos adolescentes, que trouxeram os baldes sob o vagão e com os cintos os homens baixaram a louça para que enchessem de água. O vovozinho viajava sem alimento no outro vagão. Lá havia nossa família. A mãe da nossa mãe  com seu irmão, mas nós não sabíamos. Todos - em conexão com UPA, como "inimigos da nação". Primeiro nos levaram para os Urais, para a cidade Gubah.
E lá, comemoravam "feriados de outubro, 7 de novembro". Para que não atrapalhássemos, deveriam levar-nos para o acampamento pioneiro, na mata. Mas, era necessário atravessar o rio, mas o gelo quebrou. Então fomos, simplesmente, jogados na floresta. Os homens juntaram ramos para os doentes, fizeram fogo e derretiam a neve. No segundo dia já nos levaram ao acampamento pioneiro mas não havia aquecimento. Uma semana depois o campo foi liberado de criminosos domésticos, e nós fomos instalados nas barracas. Percevejos, piolhos...  Em dezembro eu fui à 8ª  série na escola. No vestiário, as crianças me davam rasteiras, cobriam com paleto, pulavam sobre mim e gritavam "Bandera". Eu não queria ir à escola, mas compreendia, que devia estudar. As pessoas adoeciam e morriam, enterrar não era possível porque a terra congelava. Morreu também a minha vovozinha.

Eu também fiquei doente. O vovozinho fugiu para Ukraina - e para nós criaram condições ainda piores: levaram para Yakuta, para de lá não conseguíssemos fugir", - lembra, em lágrimas Kateryna Pelehaty.

Trabalho pesado nas minas, na taiga, recusa ao estudo na escola técnica, ao "inimigo do povo", mudança de um lugar para outro, ao pior e ainda mais pior. Durante vários anos uma jovem sem frequentar escola, porque escola não havia. Mas, em seguida, após 4ª série mudança, concluí-la na escola noturna. Após a morte de Stalin, Kateryna Pelehaty conseguiu entrar na Faculdade Técnico-Farmacêutica em Tomsk. Tinha referência ao Instituto Médico, mas deu-a à amiga, e sozinha foi para Vorkuta para encontrar seu noivo.  m seguida concluiu, em ausência, o Instituto, como também seu marido. Somente em 1979, junto com o marido  Mykola Pelehaty, também condenado como ilegal, com duas crianças voltou para Lviv. (32 anos sofrendo no exílio por causa de um governo usurpador e bandido, que até hoje não mudou e esforça-se para continuar a implementar métodos o mais próximo possíveis dos de então - OK)

A operação especial preparavam com cuidado.

Kateryna Pelehaty, e sua família também ainda não sabia que em setembro de 1947 o Conselho de Ministros da URSS aprovou o decreto "sobre transferir das regiões ocidentais da URSS para Karaganda, Arkhangelsk, Vologda, Kemerovo, Kirov, Molotovsky , Sverdlovsk, Tyumen, Chelyabinsk e Chita, os membros das famílias dos pertencentes a OUN (Organização dos Nacionalistas Ukrainianos e ativos bandidos aprisionados e mortos em batalhas"  (Os dirigentes da Rússia, anteriores e atuais é que merecem ser chamados bandidos porque eram e são usurpadores, não quem defende sua pátria - OK). Durante seis meses preparavam-se para implementar o concebido. Já no início de outubro, planejaram retirar as famílias das regiões da Ukraina Ocidental. Especialmente da região de Lviv, Ternopil, Ivano-Frankivsk, Volyn e Bukovyna.

Direcionaram destacamentos operacionais Kadebistas (KGB) e das milícias de diferentes áreas. Os comunistas locais e o Komsomol os ajudaram aivamente, e cerca de 8 mil "pulos" estavam envolvidos - membros dos batalhões de combatentes.

De acordo com os documentos de arquivo, a sede da operação localizada em Lviv, liderada pelo vice-ministro dos Assuntos Internos da URSS Mykola Diatlov. A principal tarefa do governo soviético, ou seja, a liderança do partido Comunista, era privar UPA do apoio de pessoas ativas e seus parentes. Na verdade, a força do UPA estava significativamente enfraquecida. A operação foi chamada "Oeste", e começou na noite de 21 de outubro, e, em aldeias separadas, e em alguns dias antes, durou até 26 de outubro.

Fragmento do mapa da operação "Oeste" na região de Ternopol. Em azul o número de "contingentes" (pessoas sujeitas a deportação). Vermelho - é o número de militares do MGB envolvidos na deportação. Círculos ovais - locais de grupos operacionais de tropas do MGB (Ministério de Segurança do Estado da URSS).


É claro que o fato da deportação em massa, antes de tudo, moralmente, enfraqueceu UPA. Desde então, o processo de desvanecimento do movimento ukrainiano de libertação nacional começou. Embora no próximo ano, 1948, os rebeldes se recuperassem de tal ataque, continuaram ferozmente a luta. Deportavam os mais ativos, eram principalmente os camponeses, em cujas famílias ou próximos, havia alguém envolvido no apoio à clandestinidade. (Eram lutas clandestinas porque os ukrainianos não dispunham de força suficiente para defender, em guerra anunciada, o que era seu e que lhes foi arrebatado. - OK).

Em março  do mesmo ano, 1947, começou a campanha "Visla", quando 125 mil ukrainianos foram expulsos do território de Zakerzon , ao oeste da Polônia. Os rebeldes que lutaram contra Zakerzon, não tiveram, não tinham apoio, porque não havia população. Parte deles foi para o território da RSS da Ukraina, parte para países ocidentais. Tal luta com os rebeldes, é claro, levou os comunistas a fazer algo semelhante nas regiões ocidentais da Ukraina", - diz Ruslan Zabily, historiador e diretor do museu "Prisão de Lontsky

Mapa das estações de carga na questão "Oeste" (Zapad).

As autoridades soviéticas tinham listas de deportados, compiladas com base na informação obtida através da agência, prisões anteriores e interrogatórios a pessoas. Havia também grande pressão e intimidação aos moradores. Alguns se rendiam e concordavam com a expulsão. Segundo os pesquisadores, em outubro de 1947 foram deportados mais de 26 mil famílias, que era quase 80 mil habitantes da Ukraina Ocidental, dos quais mais de 22 mil crianças. A população das regiões de Lviv e Ternopil foi a mais visada. 
Deportavam para áreas da Rússia mais remotas e mais difíceis para sobrevivência. 

Para União Soviética, isto também era possuir trabalhadores quase sem gasto.

Muitos ukrainianos encontraram o descanso eterno nas regiões geladas da Sibéria, nunca mais tendo visto a sua terra natal.

Tradução: O. Kowaltschuk

sábado, 21 de outubro de 2017

Protestos sob o Conselho. Polícia avisa sobre ​restauração parcial do tráfego no centro de Kyiv.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 20.10.17
Roman Romaniuk, Roman Kravets

Na sexta-feira, 20 de outubro, o trânsito próximo a Verkhovna Rada (Parlamento) foi parcialmente restaurado.
O chefe da Polícia Nacional em Kyiv, Andrei Krischenko, diz que realizam constantes conversações com os organizadores do bloqueio e, com os deputados, para que transfiram as tendas da Rua Hrushevsky para o parque Mariinsky, mas não alcançam êxito. Mas, uma parte das ruas conseguiram liberar.

Os protestos, que foram iniciados dia 17 deste mês, exigem a criação de tribunais anticorrupção, a abolição da imunidade parlamentar e a adoção de uma nova lei eleitoral.  Houve lutas entre manifestantes e policiais, quatro pessoas ficaram feridas.

Maidan Mikho (O nome é Mikhail-OK), ou Saakashvili sozinho contra Poroshenko.

Na tarde de quinta-feira, 19 de outubro, atrás do palco, reuniram-se todos os organizadores da ação: "Escolha ukrainiana".

Mas, se no início do protesto, em 17 de outubro, todos irradiavam confiança e unidade, agora, dois dias depois, eles procuravam "maneiras de se retirar". Todos concordaram de que apenas o partido - "Movimento das Forças Novas" - será responsável pela tenda e pelas pessoas", Os demais alegavam que não podiam responder porque não havia este acordo no início. A exceção eram apenas dois deputados da Auto-ajuda" - Yegor Sobolev e Semen Semenchenko.

Enquanto decidiam como sair da Praça da Constituição, do lado da rua Hrushevsky começaram aplausos. Iluminado com as câmeras de luz, acompanhado por vários guardas, através da multidão, caminhava vitoriosamente aquele que colocava as tendas e recusar-se a elas não tinha o menor desejo - Mikheil Saakashvili. 


Agora este "Maidan", de fato, tornava-se apenas dele.

Tendas da discórdia.

Quando o ex-presidente georgiano Mikheil Saakashvili atravessou a fronteira polono-ukrainiana, ficou claro que ele voltou para Ukraina não para uma vida pacífica.

Saakashvili, por mais de um ano falou sobre a necessidade de eleições parlamentares antecipadas. Quando voltou para Ukraina, abaixo dos muros da Administração presidencial, anunciou sua ambição de "selecionador" da nova "Verkhovna Rada". 

"Reuniremos 300 normais "espartanos" - deputados, que serão a maioria no Parlamento, os quais assinarão um acordo com a nação, que estão lá apenas uma cadência... Vou participar no recrutamento dessas pessoas", - gritava no microfone Saakashvili. 

Isto não foi apenas dito. O ex-presidente da Geórgia sabia sobre a mobilização de jovens políticos e ativistas da ação ukrainiana em apoio à "ande Reforma Política" em 17 de outubro.

Os iniciadores deste movimento social "Honestamente" (Tchesno), grupo anti-corrupção RPR (Pacote Reanimador de Reformas), Centro anti-corrupção do partido "Aliança Democrática", Liberdade (Svoboda), "Auto-Ajuda" (Samopomich), Posição cidadã de Anatoly Greshhenko, "Alternativa" do ex-deputado Yegor Firsov, "Onda" de Viktor Chumal, outros.

Somente no final da preparação da campanha incluíram Saakashvili e seu "Movimento das Forças Novas". Em conversas particulares, eles admitiram que a presença de Saakashvili era como uma garantia de protestos em massa (Prezados, se o atual governo ukrainiano trabalhasse a favor de seu povo e não a favor de seu próprio enriquecimento, alguém, mesmo inexperiente, apelaria pela ajuda de um senhor que nem cidadão da Ukraina é, para derrubar o governo de seu país??? - OK).


Em 20 de setembro, sob o memorial da Independência no Maidan, foi anunciada mobilização à ação ukrainiana "Grande Reforma Política".

E nisso eles estavam certos - a maioria das pessoas, que vieram ao Conselho em 17 de outubro, foi organizada por Saakashvili. Mas ninguém percebeu que apenas Mikho teria alguma influência nessa massa. Ele trouxe as pessoas, para si mesmo. Ninguém planejou tornar a ação indefinida ou exigir algo diferente dos três slogans declarados: tribunal anticorrupção, lei eleitoral e abolição da identidade parlamentar.

Ele, com antecedência, preparava-se para um longo protesto. Porque como explicar de que, já na terça-feira estavam preparadas grandes tendas, que foram colocadas na rua Hrushevskyi pelos companheiros de Semenchenko do batalhão "Donbas". E em 17 de outubro, quando todos exigiam eleições e tribunal, Saakashvili foi ao palco exigir que "apresentassem a cabra".  (Prezados, essa expressão eu não sei explicar. Suponho que ele quer que acusem alguém, que sejam claros. OK).

"Se não houver decisões a favor da nação, Poroshenko precisa pensar, em deixar o seu cargo. Ele ainda tem tempo!" - disse o ex-presidente da Geórgia.




Tais declarações, a cidadezinha de tendas na rua Hrushevskyi, sobre a qual ninguém negociou, e os desentendimentos provocaram os ativistas do Pacote Reanimador de Reformas, movimento "Honestamente" e Código Processual Civil. 
De fato, desde a noite de terça-feira, eles refletiam como sair secos e distanciar-se dos acontecimentos de "Donbas" e dos amigos de Saakashvili.
Na quarta feira à noite, as declarações de ativistas apareceram de forma sincronizada, que não tinham outras exigências, exceto as três já acordadas, inclusive nenhuma relação à quaisquer barraca.
Na quinta-feira, as diferenças no acampamento só se agravaram.. Mas para sair da trapalhada com a cabeça orgulhosamente levantada, todos precisavam de um resultado - uma vitória. E ela foi encontrada. O Conselho começou abolir a imunidade parlamentar, que foi um dos requisitos do protesto.

Depois disso, a ação conjunta foi resolvida. Já à noite, os participantes do protesto emitiram um comunicado conjunto. E, literalmente foi dito: Apenas o "Movimento de novas forças "Saakashvili permanece na cidade da barraca, ele também é responsável pelo movimento. Todos os outros participantes continuam a "luta pelas demandas com seus próprios métodos"
Atrás dessas palavras cautelosas, de fato, esconde-se um "divórcio" não público, mas bastante nítido.


Agora a responsabilidade sobre as pessoas nas tendas é de Saakashvili, Semenchenko e Sobolev.

"Objetivamente, nós não podemos responder pela rua. Que Misha (Saakashvili, Sobolev cavem tudo. Nós precisamos proteger  as nossas pessoas, então concordamos com essa declaração. Mas, nós já concluímos - com Saakashvili não trabalhamos mais" - explicou à Verdade Ukrainiana o líder de uma organização.

As tendas que apareceram na rua Hrushevskyi, não só desafiaram os organizadores da ação. Muito mais emoções causaram no gabinete principal da Administração Presidencial na rua Bankova.

O presidente Petro Poroshenko enfurecia. E tinha motivos. O que ele temia há muito tempo, e tentou evitar todos os últimos meses, aconteceu. E não se trata sobre dezena de tendas sob o parlamento, mas sobre uma situação muito mais perigosa.
Presidente, que veio na onda do Maidan, pela primeira vez enfrentou uma perspectiva bastante real para obter o próprio Maidan. Mas já contra si mesmo.
Quantas barracas e onde no centro de Kyiv não houvesse, mas elas são reais. Nelas já há pessoas bastante específicas, que não planejam ir a outro lugar. Assim, no início, seus slogans eram tribunal, imunidade, lei eleitoral. Mas, já no terceiro dia do protesto todos, abertamente, exclamam do palco, sensíveis a Poroshenko slogans: "Revolução" e "Impeachment".

Os interlocutores da " Verdade Ukrainiana" no cerco do presidente convencem, que na realidade não há problema: "100 pessoas de Semenchenko - não é Maidan", e nada é necessário fazer com a tenda de Saakashvili, porque ela sozinha definhará em uma semana de sua posição sem sentido.

Mas há um problema com Poroshenko. E, não apenas que ele é grande, também é difícil resolvê-lo. A essência desse problema formulou em uma conversa com a "Verdade Ukrainiana" um dos deputados próximos a Poroshenko".

O presidente tem apenas uma resposta nesta questão. - Arsen Avakov. Portanto, na noite de terça-feira, quando "Donbas" de Semenchenko assimilava as tendas na rua Hrushevskyi, na Bankova estava muito quente. Poroshenko chamou Avakov com os líderes da Polícia Nacional. E a conversa, para dizer o mínimo, nem sempre foi correta.

Avakov não escondeu que, escolhendo entre sangue na rua e barracas meio vazias, ele não hesitou em escolher o último. No entanto, Poroshenko, teve motivos para duvidar das garantias do chefe do Ministério do Interior, de que a situação está sob controle total, e Saakashvili nada conseguirá. Porque em 10 de setembro, aquela mesma pessoa, prometeu não permitir a Mikho entrar na Ukraina. Mas ele já está aqui - a dois passos da Bankova. Aquelas pessoas prometeram, silenciosamente arrastar Saakashvili nos tribunais, pelo avanço da fronteira. Mas, ao invés de justificar-se perante os juízes, Saakashvili destruir a cidadezinha de tendas junto ao Conselho.



E o principal, a questão mais desagradável para Poroshenko é que, quando a situação na rua depende da eficácia e capacidade de gerenciamento das forças de segurança, não é o presidente quem controla. Entre suas decisões e ações da polícia ou da Guarda Nacional há um ponto intermediário - Avakov. E, é ele que agora se torou o garante de Poroshenko de que os eventos do outono de 2017 não seguirão o cenário do outono de 2013. (Lembro, Avakov é aquele ministro, que nem mesmo nos documentos e correspondência oficial do ministério não usava o idioma ukrainiano, que é, o idioma oficial do Estado da Ukraina. Não sei se usa depois que as queixas contra ele cessaram. Contra ele foi movida uma questão na justiça, por um cidadão ukrainiano- OK).

Na verdade a falta de vontade do presidente em entrar em tal dependência foi a causa profunda e real, que a muito arruinou as relações entre Poroshenko e Avakov. Embora, ma ralidade, é esse interdependência que ainda mantém todos os centros de influência do poder atual. 
E foi por isso que na noite de quinta-feira Avakov e Poroshenko novamente se reuniram na Bankova para elaborar uma tática comum de resistência ao "Maidan de Mikho. Mas, grandes decisões estratégicas de nenhum lado das fronteiras da polícia ainda não se vê.

E isto já é problema não apenas de Poroshenko ou Saakashvili. Isto, sem dúvida, diz respeito a todos.

Tradução: O. Kowaltschuk

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Manifestação pela grande reforma política. Conflitos e primeiras tendas. (resumo).
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 17.10.2017


Ação "Escolha ukrainiana" pela "grande reforma política" começou sob o prédio do Parlamento (Verkhovna Rada) às 9:30. 
Os ativistas das forças políticas e das associações públicas "Movimento das Novas Forças", "Alternativa", "Demelyans", movimento "Honestamente" e outros, defendem três requisitos às autoridades: criação de tribunais anticorrupção, abolição da imunidade parlamentar e a adoção de uma nova lei eleitoral.

A partir das 16 horas, começaram os primeiros confrontos. Já há primeiras vítimas.





19.06
A partir de 19.07, mais de 10 barracas estão instaladas. As pessoas não são controladas através dos detectores de metal. Rua Hrushevsky está bloqueada.


Um policial recebeu uma lesão na cabeça. Agora os médicos dão-lhe a ajuda necessária.















19:00
Não há detidos, por causa das brigas, na rua Hrushevsky perto da Verhovna Rada. "No momento, não há detidos em conexão com este incidente. Polícia documenta o fato do que aconteceu, após o que uma avaliação legal será dada", disse Trakalo, porta-voz da Polícia Nacional.


18:38
No deputado Barna bateram e cuspiram. Ele, apenas saiu do prédio da Verhovna Rada e encontrou manifestantes descontentes. Foi salvo por Saakashvili. (Segundo um artigo que li esta semana,  realmente não havia corrupção no governo de Saakashvili na Geórgia. Mesmo assim, não foi reeleito - OK).


18:04
Saakashvili no palco: "Nós viemos para remover o bode da corrupção, o bode da impunidade e, até mesmo, o bode concreto!"

















18:01
O presidente do Comitê Parlamentar de combate à corrupção, deputado da "Auto-ajuda" Egor Sobolev quer propor aos deputados para trabalhar a noite toda, até os requisitos dos participantes da ação sob o prédio do Parlamento sejam cumpridos.  Ele disse isso no ar do programa NewsOne.


17:24
Situação próximo ao Parlamento.
Yevgeny Buderatsky - Há três horas: Não, não é polícia com escudos. São os manifestantes. Armaram tendas na rua Hrushevsky, sob o Conselho. Veio Saakashvili.


















17:04
Sob o Parlamento instalaram as primeiras tendas. Uma delas - grande, militar - instalada na rua Hrushevsky, diretamente diante do Parlamento.

















16:56
No parque Mariinsky  distribuíram chá e mingau de trigo (hrechka).


16:48
Os manifestantes pegaram os escudos da Guarda Nacional, que estavam escondidos atrás do ônibus.


16:00
Próximo ao Parlamento, os ativistas começaram quebrar os detectores de metal e trazer tendas. Começou a briga. Balões de gás foram aproveitados.


15:44
Atmosfera carregada sob o Parlamento.


15:04
Sob o Parlamento, jogaram ovos no deputado do Bloco Petro Poroshenko Oleksiy Goncharenko.

13:07
O parlamento começou os trabalhos. Parubiy informa sobre a reunião do Conselho, que ele fechou. A tribuna não está bloqueada. Parubiy deu instruções para publicar o cronograma semanal das reuniões plenárias. E, após a reforma médica, está na vez o projeto sobre a remoção da imunidade dos deputados e as eleições.


12:59
O ex-presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, aconselhou o presidente ukrainiano Petro Poroshenko, a demitir-se. Saakashvili fala aos manifestantes.


12:39
Yegor Sobolev fala sobre exigências e reação do governo. Por bem não funciona. Representantes do "Bloco de Poroshenko", "Frente popular" e fragmentos do Partido das Regiões se recusam a considerar hoje, no Parlamento, a lei anti-corrupção, a abolição da imunidade parlamentar e a transição para eleição de novos deputados por listas partidárias abertas. Nós lhes propusemos falar às pessoas que cercaram o Parlamento, e explicar sua posição. Nós garantimos a proteção. Não querem. Infelizmente. Poderiam entender, se você ignora as pessoas na Ukraina, as pessoas virão até você sozinhas.

Tradução: O. Kowaltschuk