sexta-feira, 16 de junho de 2017

Notícias ukrainianas  
Castelo Alto:

Hoje, 07.06.2017: Na zona ATO morreram dois militares ukrainianos e onze receberam ferimentos. Isto aconteceu na região de Luhansk (diariamente há mortos e feridos).
De acordo com a sede da ATO, os terroristas da "FSC" ativamente acumulam reservas e realizam outras medidas que podem ser consideradas como preparação para atacar na direção de Lugansk. 

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Na Criméia ocupada a justiça negou que Akhtem Chuyhoz visitasse sua mãe doente, já desenganada pelos médicos. Akhtem foi contra ocupação russa da Criméia, encontra-se preso, sentenciado para 10 (dez) anos. 


Além desta situação trágica, Rússia continua violar a Convenção sobre proibição da discriminação racial na Criméia ocupada. A. Chuyhoz deveria estar em prisão domiciliar, segundo a Convenção da FR, que proíbe a discriminação racial.

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Em Donetsk desapareceu o jornalista e escritor Stanislav Vasin. No apartamento há objetos quebrados e busca. 
Sobre isto avisou o ex-deputado Egor Firsov. Firsov acha que Vasin foi capturado pelos militantes. Os parentes não conseguem encontrá-lo, seu telefone não responde.
Vasin permanecia no território ocupado, ele achava que tinha o dever de escrever tudo o que acontecia nos territórios ocupados, apesar de compreender o perigo. O jornalista da "Semana Ukrainiana" Denis Kazanskyi confirmou este desaparecimento.

Pedia ao filho ferido não voltar para a frente.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto)08.06.2017


Cada semana a mãe viaja 35 km para o túmulo do filho.

Já transcorreu um ano, que Emília Krat, de Volyn, enterrou seu filho.  Roman Lutsyuk era voluntário, recebeu em Shchastia sério ferimento. Salvá-lo, infelizmente, não conseguiram.

Emília, com mãos trêmulas mostra as fotos do filho e recortes de jornais. Das fotos, sorri para ela Roman - tão alegre, feliz...

Roman era um bom filho. Estudou. Casou-se com Tanya, com quem teve duas filhas. Viviam em Lutsk mas se viam com frequência. 
Quando começou a Revolução da Dignidade, Roman, que na época era empresário, disse a esposa que irá inscrever-se como voluntário

- Eu soube que o filho iria para guerra, no último minuto - reconhece a mãe. - Ele disse: "Mãe, eu devo ir ao ATO".  Pedi que não fosse, mas ele obedeceu?
Roman foi como voluntário às Forças Armadas da Ukraina em maio de 2014. Por alguns meses as balas não o alcançaram.

No verão recebeu ferimentos na mão - foi enviado para o hospital militar em Lutsk, em sua cidade. A mãe ficou feliz porque, apesar de ferido afastou-se daquele inferno. No entanto, antes de terminar o tratamento, Roman resolveu voltar para zona da guerra.
-Ele não conseguia nem dormir, nem comer calmamente, sempre falava de seus rapazes, que estavam esperando por ele, - chorando diz a mãe..

- Lembro, telefona a nora: "Roman, de novo, vai ao ATO".

Certo dia telefonaram para senhora Emília e avisaram: o filho estava gravemente ferido na região de Shchastia, em Luhansk. Então havia muitos problemas com hospitais de campanha e sangue. Para salvar sua vida, os médicos adicionaram-lhe o sangue disponível, o quanto sangue adequado não havia.
Do contrário ele não chegaria a Kyiv porque os fragmentos penetraram em toda cavidade abdominal. Lá, por alguns meses o homem esteve em reanimação, passou por umas dez operações, mas, assim mesmo extinguia-se.

- Os médicos disseram que na Ukraina já não podiam nos ajudar, - lembra a mãe. - E, os voluntários encontraram uma clínica americana que concordou em tratar Roman. Mais de um ano em Konnecticut , e em Yale New Heaven Hospital, fizeram tudo o que era possível. Por algum tempo Roman até melhorou, ele conseguiu ir, com os rapazes, na pescaria! Embora, constantemente, às costas, carregava uma bolsa, porque os órgãos internos já não funcionavam, tinha tubo externo... Mas depois teve recaída, os rins não trabalhavam mais.

Até o último momento esteve com ele a esposa Tatiana. Os familiares - até o final, ardia a esperança, que os famosos luminares de medicina conseguirão devolvê-lhes o filho, o homem, o pai. Mas, em 19 de março de 2016 o coração do herói parou. Ele não viveu até o seu 40º aniversário.

Enterraram Roman Lutsyuk no cemitério municipal, em Garazdzha, na Alameda dos Heróis. A mãe, todas as semanas, viaja 35 km, até a sepultura do filho.

Tradução: O. Kowaltschuk

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