sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Para visitar os réus na prisão Lefortovo, os advogados tiram a sorte.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 05.10.16
Inna Pukish-Yunko

O julgamento de Apelação quanto a detenção do jornalista Roman Sushchenko, ele vai esperar em confinamento solitário.

A Roman Sushchenko atribuem espionagem - artigo que prevê de 10 a 20 anos de prisão.

Se não fosse a vinda planejada dos defensores russos dos Direitos Humanos a Lefortovo, só Deus sabe o quanto tempo não saberiam os parentes, nem na Ukraina. Em silêncio atribuíram o artigo por espionagem e, em silêncio enviaram para dois meses para o Serviço Federal de Segurança de Lefortovo (Famosa prisão russa em Moscou - OK). Depois da prisão não deixaram Roman telefonar nem para casa, nem avisar sobre a situação o Consulado da Ukraina. Apenas depois da visita da defensora dos direitos humanos, Zoya Svyetova divulgou a informação que em Lefortovo mantem-se um "espião" ukrainiano, o caso se tornou público.

Como relatou Zoya Svyetova em seu post no Facebook, sobre o prisioneiro ukrainiano, na prisão de Moscou ela soube casualmente. Durante a verificação de rotina, no domingo, ela e sua colega, perguntaram, se não há pessoas presas recentemente. Quando entraram na sela, ela conseguiu saber que ele é cidadão da Ukraina, jornalista, e que lhe incriminam espionagem. Os carcereiros impediram, de várias maneiras, que as defensoras conseguissem mais informações. Roman não conseguiu dizer, sequer, o seu local de trabalho.

Os advogados estatais designaram protetor - "experiente". Mas, mesmo que seja experiente: o advogado é "para fotos". (Tudo se resolve de cima - OK).

Mais tarde soube-se, que defender Roman Sushchenko assumiu Mark Feigin, o qual conduziu a questão de Nadia Savchenko. Reunir-se com o cliente, o advogado conseguiu apenas depois de dois dias. (É bom ter um advogado, ele é o único que visita o prisioneiro e conversa com ele, pelo menos alguém para conversar, mas, resolver ele não vai resolver, Putin resolverá e vai depender do que ele quiser. -OK).

Como contou a ativista dos direitos humanos Svyetova, "Lefortovo" até para os advogados - fortaleza inexpugnável: o acesso para lá é limitado, não apenas com permissão, como com a quantidade. Cada sexta-feira os advogados realizam sorteios, cujos resultados determinam qual dos prisioneiros poderá, na próxima semana, encontrar-se com seu protetor, e quem não teve sorte. "Com visita aos protegidos, nesta prisão - um verdadeiro desastre - confirmou Feigin. Uma semana à frente os advogados sorteiam o direito à entrada.

Após o encontro com Roman na cadeia Mark Feigin contou alguns detalhes sobre a detenção do jornalista e sua questão. "Ele foi psicologicamente pressionado, mas métodos ilegais com torturas não aplicaram. Propuseram assinar confissão de culpa, isto é, ir ao acordo com a investigação. Mas, isto, ele não fez. Portanto, o FSB não pode fornecer quaisquer prova de sua culpa, porque eles, simplesmente, não as têm. O conteúdo do caso é nulo: porque, aquilo que lá está escrito, não pode ser nenhuma espionagem. Na sexta-feira, dia 07, apresentarão a acusação.
"Estarei com Roman e decidiremos o que fazer", - disse Mark Feigin no ar do "Público". Mais tarde o advogado colocou nas redes sociais a cópia do recurso sobre a detenção de Roman Sushchenko.

Na próxima semana Roman ficará na câmara de oito metros quadrados. Quando a ele permitirão a visita do cônsul, não fazem prognósticos, nem os advogados, nem os defensores. Dizem, que com a permissão os investigadores podem "puxar" de um a seis meses.

Comentando as perspectivas do caso Savchenko, o advogado Feigin deu a entender, que os clientes de outra história de espionagem, como no caso Savchenko, calcularam mal. O ocidente reage com muita sensibilidade à perseguição política, para não mencionar a perseguição aos jornalistas. Portanto, este ataque do Kremlin não passará simplesmente. O advogado pensa, que a questão contra Sushchenko pareceu ser útil a Moscou, como carta de troca. Se achassem que ele era espião, simplesmente não deixariam entrar no país. Quem não deixaria fazer isto?- declarou Feigin em seu comentário  ao "Espelho da Semana". Penso, ele lhes era necessário para algo.

Penso, que a suposição razoável, querem condenar Sushchenko e trocar por alguém mantido em Kyiv. Não sei, quem dos cidadãos da Rússia é mantido em prisões ukrainianas como acusados ou condenados, e, se há entre essas pessoas trabalhadores dos serviços de segurança, mas, se há, com certeza poderiam ser trocados (Não há nos jornais ukrainianos este tipo de assunto . Acredito que não há presos russos relevantes- OK). Houve troca  de Savchenko? Por que não deveria haver em outros casos?

A reação da comunidade internacional quanto a detenção de Roman Sushchenko não demorou. No Departamento de Estado dos Estados Unidos declararam, que estão monitorando a situação e reúnem informações para conclusões e decisões futuras. Imediatamente reagiram os deputados do Parlamento ukrainiano. "Apresentadas contra Roman Sushchenko acusações e sua retenção é mais um ato de agressão da Rússia contra os princípios do Estado de direito e contra os cidadãos da Ukraina, - diz o comunicado dos euro-deputados.

Tradução: O. Koaltschuk

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