terça-feira, 31 de março de 2015


Fragmentos do local da queda MH17 pertencem ao Sistema de mísseis de defesa aérea SAM"BUK" - criminologistas internacionais.
Os jornalistas holandeses encontraram provas, que o avião sobre Donetsk foi abatido por "BUK" (Sistema de defesa antiaéreo, armado com mísseis terra-ar, desenvolvido pela União Soviética e depois pela Federação Russa.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 20.03.2015
Sofia Kornienko

Cartaz num comício pró-ukrainiano em Sydney, 19 de julho de 2004.
Companhia holandesa RTL tem evidências conclusivas que o voo de Amsterdã, que caiu em 17 de julho do ano passado, em Donetsk, foi abatido pelo foguete anti-aéreo "BUK".
Em  novembro o correspondente da RTL Jeroen Akkermans reuniu no local do acidente, na aldeia Grabove, cerva de 15 fragmentos de fuselagem e fragmentos, e os entregou para análise a três institutos independentes na Alemanha, Reino Unido e Polônia. De acordo com as conclusões dos peritos forenses, a composição química permite afirmar, que isto são fragmentos do ZRK "BUK" (Sistema de mísseis de defesa antiaérea). Um dos fragmentos foi identificado como fragmento de ogiva. Constatou-se o número de série - a letra "c" em cirílico (ц) e cifra 2. Este fragmento é de ogiva do foguete "BUK - 9M317", uma versão moderna do sistema "BUK-M1-2 indica RTL as conclusões do especialista Nicolas Larrinahi do principal centro de Londres para estudos de defesa IHS Jane's.

"Foguete deste tipo move-se através de radar e explode a uma certa distância do avião, porque sua ogiva está configurada com dezenas de milhares de pequenos fragmentos. O peso total dos fragmentos do foguete "BUK-9M317" é até 70 quilos. Se o míssil vai direto no alvo, o grande número de fragmentos atolados pode, então, ser encontrado na fuselagem da aeronave", - disse Nicolas de Larrinahi.

Devido a elevada velocidade e temperatura os fragmentos são fortemente deformados. Entre os fragmentos encontrados foi identificado um pedacinho da cauda do foguete, não rompido. Tele-companhia RTL oferece em seu site um relatório detalhado com foto, vídeo e descrições da composição química de cada um dos fragmentos analisados por especialistas.

No comunicado da RTL Jeroen Akkemans contou, como reuniu os fragmentos: "Eu vim para Ukraina para cobrir o conflito militar, mas quando vi que, quatro meses após o desastre do "Boeing os fragmentos permaneciam abandonados no campo não protegido, e não se sabia se esses fragmentos seriam transferidos para Holanda, para análise, então eu pensei em buscar peças suspeitas - meu dever jornalístico".

Alguns fragmentos pareceram suspeitos de início: Se no fragmento você vê letra russa, é claro, que o fragmento não é do "Boeing", - diz Akkermans.
- Não penso, que eu - o único, que tinha nas mãos pedacinhos do foguete. Acredito, que o Conselho de Investigações nas questões de segurança tem muito mais desses fragmentos. Eles procurarão reconstruir o foguete, então, um pedacinho com letra russa pode ter, para sua investigação grande importância.

Todos os fragmentos já foram transferidos ao Conselho de Investimentos nas questões de segurança dos Países Baixos, que administra uma investigação internacional sobre as causas do desastre. Uma resposta oficial para publicação da RTL diz: "A investigação dos motivos da catástrofe  do avião está em curso e é baseada em muitas fontes, não apenas em fragmentos. Materiais adicionais para investigação são sempre desejáveis, mas também é importante encontrar provas irrefutáveis de comunicação entre o avião e os materiais encontrados".

Esta não é a primeira investigação da emissora RTL em busca da verdade sobre o acidente do "Boeing". Em dezembro passado, os jornalistas da RTL realizaram uma análise minuciosa de três fotos tiradas da aldeia Thorez nos primeiros minutos após o acidente, nas quais mostra, provavelmente, uma coluna de fumaça, do foguete "BUK". Na época, participaram profissionais especializados. Também realizou-se uma análise comparativa de fotos de satélite. Uma análise similar publicou em janeiro a rede de jornalistas investigativos Bellingcat. E, finalmente, nesta semana o jornalista russo Sergei Parkhomenko, no site "Medusa" citou resultados de análises dessas fotos. Vale ressaltar que todas as três investigações, conduzidas de forma independente uma da outra, indicam o mesmo lugar de onde poderia ser feito o lançamento do foguete "Buk" - campo pelo caminho da aldeia Snizhne, no território controlado pelos separatistas.

Tradução: O. Kowaltschuk

domingo, 29 de março de 2015


História de uma morte
Ukrainska Pravda Zhyttia (Verdade Ukrainiana Vida), 17.03.2015
Olena Stadnyk

Pessoas morrem há muito tempo. Desde tempos remotos. O homem é mortal e condenado à morte. Mas os heróis não morrem. Os heróis tornam-se constelações. Os heróis mantém o céu para nós.

20 de fevereiro de 2014, em Kyiv morreu nosso Ustym Golodniak, 19 anos. O franco-atirador disparou quando Ustym corria com o escudo e ataduras para os feridos na rua Instytutska. Antes de sua morte Ustym escreveu no Facebook: "Os escravos não são permitidos no paraíso".

22 de setembro de 2015, em Pisky morreu nosso Stepan Stefurak. Explosivo, e Stepan, 19 anos, foi enterrado em caixão fechado. Antes de sua morte Stepan também fez seu registro no Facebook. Escreveu: "Escravos não são permitidos no céu. Glória à nação!".

Fevereiro - o caixão com herói de dezenove anos percorreu o caminho de Kyiv a Zbarazh, em Ternopil.
Setembro: - o caixão com herói de dezenove anos percorreu o caminho de Dnipropetrovsk a Toporivstsi, em Ivano-Frankivsk.

E assim já acontece por mais de um ano.

Durante o dia , nossas estradas levam os vivos, à noite - os mortos.

Stepan morreu no dia de aniversário de seu irmão mais velho - Basílio,  que esteve em Debaltseve. Basílio completou 21 anos. Naquele dia, Basílio, de Debaltseve, tentava telefonar para Stepan em Pisky. E Stepan, de Pisky, naquele dia, tentava telefonar para Basílio. Mas Pisky era bombardeado por morteiros, e Debaltseve com "Grad", o sistema móvel caía constantemente.
Por isso nós não saberemos o que queria dizer Stepan para Basílio, e Basílio para Stepan. Só sabemos, com certeza, que os dois irmão receberam sms:
"O assinante tentou chamá-lo. Telefone para ele".

Na guerra você se acostuma viver por um dia. Na guerra você não faz planos por muito tempo.

Os dias dos aniversários tiram da pista. Você começa a contar os dias. Por alguma razão torna-se crítico para Basílio viver até segunda-feira. Ele conta: "sexta-feira - vivo. Ainda faltam dois dias. Sábado - vivo. Mais um dia. Segunda-feira - vivo. Basílio chegou vivo ao aniversário de 21 anos.

22 de setembro. Subúrbio de Debaltseve. "Grad". Tuh - tuh - tuh - tuh. Em faixas, apareciam rupturas no campo através da estrada, mas nós cortamos o bolo. Parecia, que nós vencemos a morte.

Bem cedo Basílio telefonou. Basílio disse: "Stepan morreu". Tudo. Verificou-se, nós ganhamos da morte de Basílio, mas perdemos Stepan. Como no xadrez.

Basílio foi encontrado em Artemivsk. Ele nos reconheceu, mas não se mexeu. Sozinho. Em uniforme. Ele tremia, mas vagarosamente, em silêncio, metodicamente, costurava divisas na túnica militar. Ele não sabia como soltar a agulha da mão. Assim não costuram divisas. Assim as pessoas agonizam, quando perdem o mais caro.

O irmão do falecido olhou para nós apenas uma vez. E virou-se. Provavelmente compreendeu, que nós não ajudaremos, que somos impotentes e insignificantes diante da morte. Ele continuou a fazer a única coisa lógica, que poderia fazer neste momento. Ele continuou a costurar divisas.

1200 km. Frio. O carro não é aquecido. Somos seis junto ao caixão. Mamãe deu o banco. Mamãe deu calmante. Mamãe vestiu Basílio com grande japona. Mãe, de quem é?... A, esta é minha mãe. Basílio segurava o caixão do irmão. Ele tremia.
O caixão estava coberto com bandeira vermelho-preta de luta. Ao lado Strila. Em seus braços um enorme buquê de flores azuis e amarelas. Vermelho e preto. Azul e amarelo. E silêncio destruidor.

Pertences pessoais do falecido: Relógio. Óculos táticos. Telefone. Você sabe, o que acontece, se você ligar o telefone do irmão morto? Ele toca instantaneamente. Ele começa a estourar em suas mãos, e na tela azul destaca-se a palavra mais trágica - "Mamãe". Você desejará morrer, mas você terá que atender a chamada.
 - Olá, Stepanchyk, é você Stepanchyk? (diminutivo de Stepan).
 - Não, mãe. Sou eu, Basílio. Stepanchyk já não existe. Não há mais nosso Stepanchyk.

Ternopil. Instituto Politécnico. Estudantes de joelhos "Flutua o pato". Cidadãos de joelhos. "Flutua o pato". Celebram. Aldeia. Conterrâneos de joelhos. Celebração. (Canção melancólica ukrainiana: "Flutua o pato", tornou-se réquiem para os mortos da Centena do Céu, no Maidan, em 20.02.2014 - OK.). 

Às seis da manhã Basílio abriu o caixão. Rosto não havia. Restaram apenas os cachos. Conhecidos cachos do irmão mais novo. Muito quieto e muito tranqüilo. Muito gentil e silencioso. Como custa caro o desejo de saber e ver mais uma vez, comprovar que de fato é ele, teu irmão de sangue, mais novo.

Colocaram o caixão na sepultura. Não se sabe o que fazer. Ninguém se mexe. O pai do falecido gritou: 
"Por que estão parados? Enterrem o herói! O herói é coberto com as mãos!"
Basílio foi o primeiro, ele juntava a terra com as mãos. Suja, molhada, sua natal, que o fez crescer, que o enterrou. Terra negra, úmida, negras mãos, rosto, roupa. As pessoas apressaram-se para enterrá-lo, como se neste movimento único estivesse a salvação da dor. 
As pás não trabalharam. Enterraram o herói com as mãos.

Mãe - é o mais importante, na guerra. Mãe corre para Basílio, leva-o, não quer entregá-lo ao mundo. A mãe ama o filho, mas o mundo não ama, não entende, não protege. O mundo o entrega à guerra. Mãe grita. "Não volte para lá ao menos você. Não vá mais! Fique ao menos você para mim!"

Mas o que pode responder o soldado?

Após dez dias Basílio voltou para a frente. De agosto a fevereiro Basílio mantinha Debaltseve. Hoje Basílio está ferido no hospital de Kyiv. 
Ferido, mas vivo.

Ustym, Stepan, Basílio - todos tinham saúde e vida, mas isto não é o principal. Isto é pouco.
Tudo isto eles arriscaram a fim de defender a dignidade e a honra - em primeiro lugar, sua própria dignidade e honra.

Despedida em Ternopil

Stepan, à esquerda
Enterro de Ustym Golodniuk - canção "Flutua o pato".


Tradução: O. Kowaltschuk

sexta-feira, 27 de março de 2015

Vladimir Putin já não controla a situação na Rússia.

"Há grupos - união do FSB (Serviço Federal de Segurança) e GRU (Agência de Inteligência Geral), militares e agentes de segurança. Outro grupo - aliança situacional FSO (Serviço Federal de Proteção) ala político tecnológica de Surkov" - deputado da Duma Estatal da Rússia.

Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 23.03.2015
Voz da América

Deputado da Duma-Rússia, Ilya Ponomarov
Segundo o deputado oposicionista da Duma, da FR, Ilya Ponomarev, Vladimir Putin tornou-se refém da luta subterrânea entre as diferentes forças de segurança.

Putin não tem controle sobre a situação há muito tempo. Equilibra-se entre diferentes clãs que ele mesmo criou. Agora, para ele há uma situação de choque ver como diferentes pessoas que, supostamente, lhe são leais, no entanto agem a seu exclusivo critério, não lhe perguntam nada, agem por trás.

-Quem é esse mestre de marionetes? Ivanov? Shoigu?

-Não, aqui não existe um único líder. Eu penso que aqui há um grupo - união entre FSB e GRU, militares e agentes de segurança (chequistas). O outro grupo - é, segundo indícios, e da união situacional do FSO e da ala político tecnológica de Surkov.

A maquinação veio à tona após o assassinato de Nemtsov e inesperado desaparecimento do presidente russo.
- Putin, creio eu, estava em sua residência em Valdaí, todos estes dias. Especialmente foi espalhada desinformação, que ele esteve com Kabaeva na Suiça. Na verdade, eu penso, que ele esteve sob a guarda do FSO, porque na Rússia, agora, acontece um grande conflito entre diferentes clãs do sistema de segurança.
E, porquanto, esta exacerbação foi claramente relacionada com o trabalho dos serviços de segurança, porque o lugar do assassinato de Nemtsov foi escolhido como local da responsabilidade do FSO, como demonstração, de que, digamos, a sua própria proteção não pode lhe garantir nada.

- E Kaderov, é figura neste cenário?
- Eu penso, que Kaderov assume a culpa dos outros. Eu penso que o verdadeiro mandante é preciso procurar nas estruturas do FSB e GRU.

Vladimir Putin. Moscou, 19.03.2015
- No aniversário do "referendum" na Crimeia, a TV russa mostrou o filme "Criméia. Caminho para casa", no qual Putin contou que, bem de perto controlava e geria a anexação e até estava disposto a recorrer ao uso de armas nucleares. Para quê?

- É óbvio, que ele não é o autor do roteiro e não foi ele que selecionou as citações, embora ele falou muito. Eu acho que há uma ala no seu círculo imediato, que não está interessada de que ele resolva a situação sem sangue, e este círculo quer que Putin compreenda, que será Haia, ou com eles, no mesmo "Titanik" os protegera ate a última bala e última gota de sangue russo. Acho que este filme - resultado de ações deste círculo.
Apesar de que há muitos grupos no Kremlin, apoiantes da Ukraina entre eles não tem. As próximas ações do Kremlin, diz Ponomarov, dependerão daquele, cujo grupo - guerra anti-ukrainiana ou paz anti-ukrainiana - prevalecerá.
- A estratégia da Rússia continua sendo apoio à instabilidade da Ukraina, nas tentativas deseja-se alcançar, que a própria nação ukrainiana derrube seu governo. Seu governo, infelizmente, dá muitos motivos, para resultar isto mesmo.
E, particularmente, o assassinato de Nemtsov é um reflexo da luta em Moscou do partido anti-ukrainiano da paz e partido anti-ukrainiano da guerra. O partido anti-ukrainiano da paz diz "vocês, principalmente, não os toquem, eles cairão sozinhos". Mas o partido anti-ukrainiano da guerra diz "vamos reconquistar Mariupol e mover as tropas para frente". O assassinato de Nemtsov foi uma tentativa do partido  anti-ukrainiano para reconquistar sua liderança. Agora há um equilíbrio delicado.

Tradução: O. Kowaltschuk 

quarta-feira, 25 de março de 2015


Ihor Kolomoyskyi - Governador de Dnipropetrovsk
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana)
Resumo de várias notícias de 19 a 24 de março de 2015

Em 19 de março o Parlamento, definitivamente, privou Kolomoyskyi do controle sobre "Ukrtransnafta"
(nafta é petróleo em ukrainiano - OK) e afastamento da sociedade.
Lazorko, gerente, não quis deixar seu cargo e improvisou barricadas em seu escritório.
Anteriormente, o ministro de Minas e Energia Volodymyr Demchychyn já havia iniciado a demissão de Lazorko por desfalques na guarda do petróleo, nas instalações do grupo "Private".
Então, o governador Ihor Kolomoyskyi, acompanhado por homens armados chegou à propriedade estatal para, a força, devolver o poder a seu protegido Sr. Lazorko. Compareceram também o Ministro da Energia, o vice-governador de Dnipropetrovsk, o presidente do Conselho de Supervisão de "Naftogaz", alguns deputados.
(Ukraina já tem problemas de sobra com a invasão da Rússia em parte de seu território, só lhe faltavam brigas internas - OK).
Kolomoyskyi não aceitou Yuri Miroshnyk para presidente temporário de "Ukrtransnafta", alegando que Y. Miroshnyk designou-se a si próprio no cargo. E ameaçou que em Kyiv havia 2.000 soldados dispostos a defender seu negócio.
Kolomoyskyi é uma pessoa imoderada. Xingou feio um jornalista só porque este lhe perguntou o que ele vaio fazer à noite no edifício da "Ukrtransnafta".
Segundo o deputado Mustafa Nayem (afegão de nascimento mas vive na Ukraina, é jornalista e defende os interesses ukrainianos. Foi eleito deputado.-OK) a perda de receitas no orçamento ukrainiano, devido a falta de pagamentos do oligarca Ihor Kolomoyskyi, é de 6 (seis) bilhões de "hryvnias".
"A defesa territorial está subordinada à estrita vertical. E nenhum governador  terá forças armadas a si subordinadas." - disse o presidente Poroshenko, e determinou a retirada das armas de todas as pessoas no prédio da "Ukrnafta".
Funcionários da Administração Regional de Dnipropetrovsk G. Korban (vice-governador) e S. Oliynik foram questionados sobre o sequestro do funcionário da prefeitura de Dnipropetrovsk. Segundo o chefe do SBU (Serviço de Segurança da Ukraina) V. Nalyvaychenko, Korban e Oliynik ameaçam com uso de força contra os agentes policiais que envolvem-se contra as ações de contrabandistas através da linha de demarcação da zona da ATO.
O SBU verifica os altos funcionários da Administração Regional de Dnipropetrovsk, no financiamento do bando relacionado com o contrabando através da zona ATO, sequestro de pessoas e assassinato do funcionário do SBU em Volnovakha. O funcionário foi morto com um tiro na cabeça, quando ele, com o representante da Procuradoria, mandou parar um carregamento de contrabando.
Os bandidos usavam o uniforme das forças armadas da Ukraina. Conseguiram prender, segundo o chefe do SBU, três, e depois mais seis membros do bando, mas o matador, chamado Gordeev fugiu.
Segundo SBU, o bando escondia-se sob o nome de batalhão de voluntários (seriam contra os separatistas pró-Rússia, daí o uniforme das Forças Armadas -OK). O SBU tem informações fundamentadas que o bando recebia apoio, e até financiamento de altos funcionários da Administração Regional de Dnipropetrovsk.
Os deputados que apoiam Kolomoyskyi chamam para Assembléia Popular, para 25 de março após 18 horas.
Kolomoyskyi teve o controle sobre "Ukrnafta" caçado pelo Parlamento.
Os deputados Andrew Denisenko e Alexander Dubinin anunciaram sua retirada da fração do bloco de Petro Poroshenko. Mas, na reunião do Conselho já marcaram a verificação quanto a permanência destes deputados e mais Vitaly Kupriya e Valentin Diduch. Estes deputados realizaram uma conferência de imprensa, na qual o deputado A. Denisenko admitiu, que uma pessoa de sua confiança atirou em Volnovakha, e matou o oficial do SBU (Pelo visto, estes deputados mantém os contrabandistas que se passam por participantes do batalhão de voluntários que lutam contra os invasores russos mas, na verdade, fazem contrabando e matam os funcionários dos Serviço de Segurança da Ukraina - OK).
Korban, vice-chefe da Província de Dnipropetrovsk, diz que o governo de Dnipropetrovsk não anunciou nenhuma Assembléia, que eles não desejam a separação da Ukraina mas o seu fortalecimento, mas que eles querem a execução de promessas (dinheiro) e descentralização. Que o governador Kolomoyskyi paga de seu bolso as necessidades do exército, inclusive das forças armadas. (Os governantes, se ajudam, com seu dinheiro e não dinheiro desviado, não deveriam ufanar-se porque não fazem sacrifícios pessoais como o povo que, através de seus voluntários, em grande parte mantém o exército ukrainiano, e garante a sobrevivência de grande parte dos refugiados. E o dinheiro do povo não vem de contrabando e que tais, mas de baixos salários. - OK).

Poroshenko na despedida com Kolomoyskyi.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 25.03.1015


Poroshenko, comedido, despediu-se de Kolomoyskyi e agradeceu pelos serviços. Salientou a importância da unidade e paz.
"Nós devemos garantir a paz, a harmonia, estabilidade e sossego", - disse Poroshenko, sentado à mesa com o cabeça de Dnipropetrovsk.
"Nós com o senhor fizemos muito para que Ukraina fique unida e protegida. Chegamos à conclusão, que a integridade da Ukraina e unidade... , - disse Poroshenko e não concluiu a frase.
"Obrigado", - disse o presidente assinando o pedido.
Kolomoyskyi respondeu: "Eu agradeço a sua colaboração".
"Tenho certeza de que o senhor continua patriota da Ukraina, patriota de Dnipropetrovsk" - acrescentou Poroshenko.

O vice governador de Dnipropetrovsk, Gennady Korban também renunciou, após a renúncia de Ihor Kolomoyskyi, avisou o antigo vice de Dnipropetrovsk Boris Filatov no Facebook. Ele escreveu que a liberação de Kolomoyskyi foi correta, e conclamou todos para mostrar ao mundo que: "podemos ser civilizados e que nossa pátria é maior que as ambições. Não demos motivos para alegria de nossos inimigos, tanto internos como externos", - acrescentou o deputado.

***

Morreu Viktor Yanukovych, o filho mais novo do ex-presidente da Ukraina, Viktor Yanukovych.


Aconteceu no Lago Baikal. Viktor dirigia um Volswagen Multivan e encontrou-se sobre uma nova camada de gelo. Havia aviso de perigo. O carro começou a afundar para o lado do condutor. Quatro passageiros conseguiram sair, o quinto foi puxado. Viktor, com sinto de segurança, demorou desvincilhar-se e depois não conseguiu abrir a porta. 
Ele foi enterrado na Criméia, porque gostava muito desta região e porque a nossa mãe vive aqui, disse o irmão mais velho.
Viktor Yanukovych filho não se ocupava com política e enriquecimento a qualquer custo, como seu pai e irmão mais velho. "Morreu como viveu" - disse um amigo.

Palacete na Crimeia onde vive a ex-esposa do ex-presidente Viktor Yanukovych
Tradução: O. Kowaltschuk

domingo, 22 de março de 2015


Andrei Piontkovskiy "Putin deseja ardentemente destruir o Estado ukrainiano
Tyzhden. ua (Semana ukrainiana), 20.03.2015

Em entrevista a Semana, político russo, membro do Partido "Apple" Andrei Piontkovskyi expôs seus pensamentos sobre o colapso das ambições da política externa do Kremlin como uma pré-condição para a paz duradoura na Ukraina e na Europa, o terrorismo e a chantagem nuclear como meios pelos quais Putin ganha dividendos políticos reais. (Visto as perguntas serem bastante extensas, traduzi apenas as respostas, que respondem exatamente o que foi perguntado-OK).


O assassinato de Boris Nemtsov mostra que Rússia se move, com passos gigantes, para o regime nazista totalitário. Em tais países não há amplas, não clandestinas, atividades de oposição, e eles são destruídos por outras razões: por causa da pressão externa, em virtude de suas aventuras de política externa, conspirações palacianas e reviravoltas. As circunstâncias do assassinato, seu lugar e hora é incomum, eu diria sensacional, e isto estreita drasticamente a gama de suspeitos. Nemtsov foi baleado na descida Vasilevsky, precisamente no início da ponte. Isto é a algumas dezenas de metros do Kremlin, e tudo lá simplesmente abarrotado de equipamentos de vídeo, além de patrulhamento exercido pelo Serviço Federal de proteção do presidente da FR. Isto é, no momento dos primeiros tiros eles deviam conectar-se automaticamente e, pelo menos, deter os assassinos, que fugiam de carro. Pata tal ação demonstrativa poderiam atrever-se apenas pessoas, absolutamente certas de sua impunidade, chefes de agências especiais e de segurança, que monitoram a segurança na região do Kremlin, residência oficial do presidente da FR. Posso enumerar estas pessoas: Vladimir Putin, Sergei Ivanov, Nikolai Patrushev, Mikhail Barsukov (ex-diretor do Serviço Federal de Segurança). Ninguém fora deste círculo teria coragem para uma ação tão ousada e não ficaria, após, sem punição. Não, eles não saíram do "Ford" branco e não disparavam da pistola Makarov, mas envolveram-se com organização deste assassinato.

Quem o encomendou? Este, ou é o próprio Putin, nomeadamente por razões de ódio pessoal a Nemtsov e desejo de intimidar a oposição com tais atividades terroristas, ou alguém desse círculo interno, possivelmente para agradar ao presidente, fazer-lhe um presente para o feriado. Dia 27 de fevereiro, com decreto especial do presidente, foi anunciado Dia das Forças de Operações Especiais. Isto é, daqueles mesmos russos "homenzinhos verdes", terroristas e sabotadores. Por que exatamente esta data? Porque neste dia, há um ano, foi capturado o prédio do Conselho Superior (Parlamento) da Criméia e de seu governo. E no dia 01 de março, nas telas da FR devia ser amplamente divulgado o filme da série "Anatomia de traição", cujo principal herói deveria ser Nemtsov. Uma semana antes aconteceu, organizado pelo governo o antimaidan, no qual o amigo próximo de Putin, bandido meio louco, de sobrenome "Khirurh" (a palavra em si, significa "cirurgião" - OK) ameaçava com violência física e explicava, que tudo isto foi criado para violência física com os líderes da oposição russa. Isto é, o lugar, o tempo, as circunstâncias indicam diretamente para o autor da morte - a mais alta autoridade do Estado.

Por enquanto Putin age apenas com intimidação. Ninguém sabe, se ele está preparado para uso de armas nucleares, mas a sua presença é uma ferramenta poderosa que traz dividendos políticos. Parece que a senhora Merkel, após uma reunião em Brisbane, na cimeira do G20 e cinco horas de comunicação com Putin compreendeu-o totalmente, saiu de lá em estado de choque completo e, em seguida, durante uma palestra na universidade local, atribuiu ao presidente da FR uma característica extremamente dura. Mais de dois meses depois, ela ainda retinha uma posição muito dura contra o líder da Rússia, apesar da forte pressão de empresários alemães, que são dependentes do Kremlin, e uma série de países da UE que, de uma forma ou outra, dependem do dinheiro de Putin, propaganda e mitologia.

No começo de fevereiro ela, levando consigo François Hollande, lançou-se para Moscou com novas iniciativas de paz. Isto aconteceu um dia depois que o novo chefe do Pentágono Ashton Cartes declarou no Congresso que vai vender armas para Ukraina. De Kremlin, repetidamente vinham sinais claros e concretos: se o Ocidente enviar armas a Kyiv, Moscou pode usar armas táticas nucleares. Cada palavra aqui tem seu significado, especialmente "armas táticas", porque isto é dirigido à Europa. Instantaneamente, na cabeça da chanceler alemã surgiu o quadro: USA, além do oceano e faz o que quer, mas o russo, meio louco, jogará sobre Alemanha a bomba nuclear. Ninguém precisa disto.

Vejam, ninguém usou armas nucleares, mas com ameaça claramente chantagista Putin alcançou um bom número de efeitos práticos, incluindo paralisação da vontade política dos líderes europeus. Com EUA isto ele não conseguiu e, provavelmente, não conseguirá.

A história da Rússia não caracteriza-se com debates, nenhuma transferência de poder através das eleições, ou seja, com um golpe palaciano. No lugar do atual presidente russo poderão vir sinceros canalhas. E quem vocês esperavam? Apelarei para analogia histórica. Dada a minha idade, lembro minúcias da partida de Joseph Stalin. Ele era bem mais racional que Putin, e muito mais criminal. No final de sua vida, ele realmente, clinicamente, perdeu o bom senso, preparava-se para III Guerra Mundial, e, paralelamente, a outros dois grandes projetos: limpeza regular na alta nomenclatura partidária e grande "pogrom" (destruição) judaico. Tudo isso não se adequava ao círculo imediato que pretendia vida longa. O governo assumiram não menores canalhas, Beria, Malenkov, Khrushchev. Mas eles não apoiaram os loucos projetos incluindo Terceira Guerra Mundial e mudaram radicalmente a política externa da União Soviética, embora continuassem apoiantes da ideologia marxista-leninista.

Uma reviravolta na Rússia atual só acontecerá se surgirem condições visíveis e absolutas para sua sociedade, e para elite do fracasso da política externa e fracasso total da aventura ukrainiana. Agora sobre este fracasso começam pensar. Ele, vagarosamente, força as mentes do círculo de Putin, que se compões de homens de negócios multibilionários, que perdem seus ativos. Mas, perdas graves eles ainda não sentiram. EUA ainda não se incluíram na execução do plano de produzir a Kremlin tal derrota. Aquelas sanções internacionais, que Rússia já sofre, são muito pequenas. Recusaram empréstimos baratos, mas mesmo isto não abalou a economia russa. Observamos o colapso do rublo, a inflação, o aumento do desemprego. Mas se incluírem o sistema SWIFT (método padrão de comunicação bancária - OK), congelarem todos os ativos e prenderem todos os ativos da elite russa? Se proibirem os vôos da aviação civil da FR e começarem as detenções de quaisquer propriedade russa além fronteiras? Então, entre a elite moscovita prevalecerá o estado de espírito totalmente diferente. Quando o Ocidente isolar totalmente Putin, toda esta máfia compreenderá, que seu líder não executa as funções necessárias. Eu falo sobre a regulação de relações construtivas com o Ocidente, que lhes é necessário, porque é exatamente lá que eles guardam os capitais saqueados, assegurando a vida de seus descendentes para várias gerações vindouras. Se esses planos romperem-se, devido a insensatez da política externa de uma pessoa, ela será removida.

Assim como em 1953, o cerco do líder deverá mudar radicalmente a política externa da Rússia, afastar-se de formas extremas de confronto com o Ocidente. Quaisquer dúvidas, especialmente Donbas e Criméia, serão decididas, pois as condições dará o Ocidente, como vencedor aos perdedores. Ele não pretenderá à destruição da FR, mesmo na liquidação do atual governo. Mas, de todas as aventuras político externas do Kremlin ele desejará proteger-se de uma vez por todas. Este é o poder dos EUA e eles vão ocupar-se com isto, não por simpatias a Kyiv (apesar de senti-la), mas por causa do perigo de Moscou. Eles precisam parar Putin na Ukraina, porque se isto não limitá-lo, ele intrometer-se-á no Báltico. E se isto acontecer, eles vão ter que lutar nos termos do art. 5 da Carta da OTAN¹.
Conduzir ações de combate eles podem e estão prontos, mas não querem, porque trata-se do inimigo - país termonuclear. Muito mais fácil e mais barato resolver o problema de Putin.

Recebendo a lição de fracasso de sua aventura, Rússia deixará Ukraina em paz. Mas, se essa derrota não acontecer, se Putin alcançar seus objetivos e obrigar a sociedade ukrainiana a aceitar as condições de seu ultimado, então nenhuma reconciliação não pode acontecer, porque as metas são diversas. Putin deseja ardentemente destruir o Estado ukrainiano. E, o Estado ukrainiano quer desenvolver-se de forma independente na trajetória européia. Aqui não pode haver diálogo. Ele começará com novo governo russo. Depois da possível virada palaciana, virão ao leme pessoas iguais a Putin, apenas sem ambições imperiais. E muito tempo eles não se sustentarão, porque na FR ocorrerão interesses próprios. A questão é, se Rússia depois de tudo isso será tal como hoje.

 Tradução: O. Kowaltschuk  

Artigo 5  
As Partes concordam em que um ataque armado contra uma ou várias delas na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque a todas, e, consequentemente, concordam em que, se um tal ataque armado se verificar, cada uma, no exercício do direito de legítima defesa, individual ou colectiva, reconhecido pelo artigo 51.° da Carta dias Nações Unidas, prestará assistência à Parte ou Partes assim atacadas, praticando sem demora, individualmente e de acordo com as restantes Partes, a acção que considerar necessária, inclusive o emprego da força armada, para restaurar e garantir a segurança na região do Atlântico Norte.
Qualquer ataque armado desta natureza e todas mais providências tomadas em consequência desse ataque são imediatamente comunicados ao Conselho de Segurança. Essas providências terminarão logo que o Conselho de Segurança tiver tomado as medidas necessárias para restaurar e manter a paz e a segurança internacionais.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Russos endinheirados na Letônia: benefício ou início de "Mundo russo"?
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 16.032015
Ludmila Philip

Em 2014 na Letônia receberam autorização de residência quase três mil cidadãos russos: parte foge do regime, parte, ao contrário, amigos de Putin.

Piquete pró-Rússia em Riga, 13.01.2009
Riga - milhares de cidadãos ao longo dos últimos cinco anos, aproveitaram a oportunidade para obter uma autorização de residência temporária na Letônia. Não se trata dos russos mais ricos, mas da classe média porque, segundo os "investidores do programa" era suficiente comprar um imóvel ou investir, relativamente pouco dinheiro na economia da Letônia. Agora, devido aos acontecimentos na Ukraina, na Letônia ouvem-se propostas para limitar o programa, porque o presidente russo Vladimir Putin já mostrou, como a presença da população de língua russa e cidadãos russos pode ser um fator de desestabilização do país.

Segundo Center for Investigative Journalism R: Báltica, mostra que a autorização de residência na Letônia, ou o chamado "visto ouro", graças à aquisição de imóvel já receberam cerca de 10 mil cidadãos da Rússia, de classe média na maioria, que desejam mover-se livremente dentro da UE.

Rádio Liberdade conversou com os representantes deste grupo. Basicamente são moradores da classe abastada de Moscou ou São Petersburgo, empresários ou intelectuais. A maioria pediu não mencionar seus nomes.

"Na Letônia é mais agradável e mais confortável".

O empresário André, de Moscou, adquiriu imóvel na Letônia depois da ocupação da Criméia, mas continua a conduzir seus negócios na Rússia. Ele explicou o pedido de anonimato, porque atualmente na Rússia é perigoso à pessoa envolvida em negócios declarar seus pontos de vista políticos e comentar os acontecimentos.

A família da  Natália comprou propriedade em Riga há três anos. Ela, com as crianças vive aqui, o marido vem nos finais de semana, porque trabalha em Moscou. No momento da compra do imóvel em Riga foi o desejo de ter moradia próximo do Mar Báltico.
"Eu sou residente de raízes em Moscou, e gosto desta cidade. Mas, ao longo do tempo a situação em Moscou começou mudar bastante: pioraram as condições, principalmente, grande parte do tempo você passa nos engarrafamentos, além do humor bastante tenso da população. Comparando o estilo de vida de Riga com Moscou, aqui parece ser mais agradável e mais confortável", - disse Natália.

Mas, com o tempo, segundo suas palavras, verificou-se que a escolha pela Letônia, feita por sua família, foi muito oportuna.
"Infelizmente, agora realmente acontece uma migração significativamente por causa da divisão da sociedade devido a questão ukrainiana e por causa da propaganda, que tem lugar no país e que mantém o grau de tensão na sociedade. Muitos dos que, anteriormente, duvidavam sobre ir ou ficar, agora são obrigados a resolver rapidamente esta questão, tendo em vista a situação, que se formou", - observou Natália.

Viemos porque "temíamos repetição de 1.937".

Para alguns moscovitas a mudança para Letônia significa não apenas melhores condições para negócios e vida, mas trouxe consigo grandes decisões sobre o mundo. O empresário Vitali Oleniychuk nasceu em Severodonetsk, Ukraina, os últimos 20 anos viveu em Moscou, mas veio à Letônia onde continuou ocupar-se com tecnologia da internet.
"Negócios Internet em que eu trabalho, a muito tempo na Rússia, começaram perseguir. Há até uma conhecida declaração de Putin, ou alguém de sua administração: "Para que nós precisamos o que não podemos controlar?"  "Parafusos" começaram apertar não apenas nos negócios, mas em todas as esferas da vida. Eu cheguei a pensar que isto pode terminar como em 1937. (Ano de forte intimidação e repressão do governo russo que obrigava à delação até dos parentes -OK) Então, no início, abrimos a empresa na Letônia , depois eu vim para cá, para ver a diferença na vida das pessoas. E concluí: aqui, a vida deles não é muito rica, mas é mais livre", - disse V. Oleniychuk.

O empresário Andrew disse que viver na Letônia é realmente confortável, mas dinheiro aqui é mais difícil ganhar que na Rússia.

Vitali Oleniychuk, pelo contrário, considera Letônia país altamente atraente para iniciar um negócio próprio: "Eu considero, que Letônia - é uma praça muito atraente para negócios, se eles forem orientados para mercados externos. Particularmente logística. Como local de comunicação Letônia é simplesmente maravilhosa. Ela tem muitas vantagens tanto diante da Rússia, como diante de países ricos da UE, onde o aluguel é alto e mercado de trabalho é superaquecido e de difícil acesso.

Os russos entrevistados declararam, que os acontecimentos na Ukraina influenciou-os significativamente bem, como aos seus amigos e conhecidos. V. Oleniychuk disse, que o Maidan, e depois a guerra no leste ukrainiano foram a razão para a rejeição da cidadania russa e posterior aquisição da cidadania ukrainiana.
"Desde o início dos acontecimentos militares na Ukraina eu, absolutamente não tive dúvidas, de que lado estou. Trabalhar em segredo eu não consigo, então entendi, que a Rússia eu cortei ou, antes ela me "cortou". Eu tenho muitas queixas do país, da nação que permite tal coisa e, principalmente de sua liderança. Então, em algum momento eu entendi, que me envergonhava do passaporte russo" - disse Vitali.
Agora ele, ativamente, ocupa-se com atividades voluntárias, fornecendo ajuda aos migrantes e ao exército ukrainiano.

O número de cidadãos russos, que querem obter uma autorização de residência na Letônia aumentou significativamente imediatamente após o Maidan e anexação da Criméia.
No geral, em 2014, na Letônia segundo "programa de investidores" receberam permissão para residência quase três mil cidadãos da Rússia.

Amigos de Putin - amigos da Letônia

Mas, nem todos os imigrantes da Rússia, procuram na Letônia liberdade e segurança para si e para sua empresa. Parte daqueles que optaram por documentos da Letônia - pessoas próximas ao presidente da Rússia, que procuram "aeródromo  de reserva" para o caso da queda do regime russo.
O segundo grupo é muito menor, mas existe. São pessoas de empresas de gestão e negócios relacionados com o regime de Putin. Muitos são associados ao "Gazprom" e suas filiais, setor bancário, "Aeroflot", estrada de ferro. Eles procuram para si uma base de reserva, ou uma saída, ou cantinho em Jurmala", - diz o diretor do Centro Investigativo de Jornalismo Re: Báltica Sanite Yemberha.
Segundo suas palavras, as maiores transações imobiliárias na Letônia celebraram empresários russos. Em particular, a família do bilionário russo Alisher Usmanov adquiriu em Jurmala a vila "Vera" no valor de 3,9 milhões de euros.

Mesmo as pessoas que, aparentemente, ridicularizam o Ocidente e achincalham seus valores, ativamente procuram lá segurança para si e seu capital. O escritor e satirista Mikhail Zasornov, por quase meio milhão de euros adquiriu um apartamento, em um dos prédios de Riga, na rua Albert. No mesmo prédio, apartamento de quase 1,5 milhões de euros adquiriu o empresário e ex-deputado da Duma do "Rússia Unida" Eduard Yanakov.

Um dos primeiros a receber autorização para residência na Letônia, pelo "programa de investidores" o bilionário russo Arkady Rothenberg, conhecido como amigo do presidente russo Vladimir Putin. Agora ele está incluído na relação de pessoas contra as quais agem as sanções da UE e EUA. Até a primavera de 2014 os irmãos Arkady e Boris Tothenberg controlavam o banco letão XMP Bank. 

Exigências "Pare a venda maciça da Letônia.

Os representantes do partido radical da direita União Nacional acreditam que o aumento do número de russos no país, como um equilíbrio étnico facilmente deteriorável , e ainda na fronteira com a Rússia, é uma ameaça para a segurança nacional da Letônia. Eles exigem parar "a venda em massa da Letônia.
"O fato de que o sistema de emissão de autorização de residência temporária na Letônia representa uma ameaça para a segurança nacional, declarou a Polícia de Segurança e o Ministério da Defesa da Letônia. O recente relatório do controle do Estado, sobre a emissão destas autorizações, mostra que este sistema é falho e ameaça a segurança nacional" - declarou o deputado do Parlamento da Letônia, da Associação Nacional da Letônia Janis Dombrava.

Conscientes disso os próprios russos, que se beneficiaram com este programa. O empresário Andrew teme que aquele "cantinho do paraíso", que ele encontrou na Letônia, podem destruir os adeptos do Kremlin.

Vitaly Oleniychuk acredita  que Letônia deve escolher o tipo de pessoas  que ela gostaria ter entre seus moradores. "Na verdade, eles são os beneficiários do Estado para defendê-lo. Seletivamente, permitir a entrada de um em um. Eu, por assim dizer, "sozinho me ofereci para cá", mas não quero que venham todos".

De acordo com Natália, ameaça se há, então antes ela vem da comunidade de língua russa local, porque os recém-chegados compreendem melhor porque eles procuraram uma vida melhor no país vizinho: O que se refere à vinda de russos, para cá vem aqueles que não concordam com o que está acontecendo em sua terra natal. Se a questão é sobre "mundo russo" então eu me confrontei com tais pontos de vista de russos locais, não de russos que vem para cá.
Se continuarem vir russos com idéias iguais aos russos que vem agora, então a situação na Letônia poderá modificar para melhor".

Em 2010, durante a crise econômica Letônia implementou um programa, que proporcionava a oportunidade de obtenção da autorização de residência temporária no país aos estrangeiros que compraram imóveis no valor de cerca de 143 mil euros  em Riga (na província este valor foi duas vezes menor), investir pelo menos 280 mil euros na instituição financeira, ou 35 mil euros em uma pequena empresa.
Em setembro do ano passado, Letônia aumentou para 250 mil euros pela autorização de residência para quem comprar imóvel. Para investidores as regras não mudaram. Também introduziram quotas que restringem a emissão de autorizações de residência. 
O investidor e membros de sua família recebem permissão para residir na Letônia até 5 anos, bem como a possibilidade de viajar livremente pelos países Schengen sem visto.

Dados do governo nas questões de cidadania e migração da Letônia mostram, que em apenas quatro anos do programa "A autorização de residência em troca de investimentos" Letônia recebeu na arca do tesouro quase 1 (um) bilhão e 200 mil euros.

Tradução: O. Kowaltschuk 

quarta-feira, 18 de março de 2015


Ex-mercenário: No Donbas luta exército regular russo.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 18.03.2015

Quirguis Manas, que era mercenário no Donbas, ao lado dos militantes, confirma a presença do exército regular da Rússia e disse que os meios de comunicação da Rússia desinformam.
Ele foi ao Donbas em agosto de 2014, assinou contrato somente em novembro.

"Cheguei lá como voluntário. Assistia TV - Primeiro Canal, RTR, outros. Para mim, era importante, porque em 1941, na guerra, mataram meu avô. Foram os meus preceitos morais que me chamaram. A TV dizia que eram os fascistas levantando a cabeça, os nazistas... mostravam suástica", - disse ele. 
"Eu fui para Samara, Rostov-on-Don... Ukraina.


"Nós ficamos 5 dias num ponto de filtração, verificação de documentos, definição de especialidade. Eu fui enviado para Luhansk. Primeiro eu fui para União dos cossacos, para fronteira e contactei com determinadas pessoas. Eles me deram orientação, o resto era tudo voluntário. Comigo havia 17 pessoas de Quirguistão. Na Ukraina houve distribuição, e eu fui para uma brigada de propósito especial", - contou ele.

Na chegada conheci o grupo de reconhecimento. Lá havia pessoas de diversas nacionalidades - sérvios, chechenos, cazaques, ossetianos. Eu entrei no grupo do Ché Guevara, cossaco de Kaliningrad.
Eu era o chefe do grupo de Inteligência", - contou o ex-combatente.

Então Manas percebeu, que sentiu a principal mudança interna, quando viu que não havia fascistas na Ukraina, e que no Donbas age o exército regular russo.

"Eu pensei que lá havia fascistas, mas não os vi. Nós lutamos com o exército regular ukrainiano. Eles tem algumas falhas - batalhões "Setor Direito", "Donbas", formados por voluntários, ultra-nacionalistas. Mas fascistas eu não vi. Nós capturávamos o inimigo, destruíamos, pois isto é guerra", - disse ele.
O meu ponto de viragem aconteceu, quando eu vi o exército russo, como eles agem, como lutam. Algo no meu interior quebrou-se", disse Manas. Ele garantiu que tem certeza que são exércitos russos.

"Para compreender, que eram exércitos russos, precisa saber como é o seu recrutamento. Isto não são soldados contratados por tempo determinado. São partes combativas, implantadas na Ossétia do Sul, que atravessaram a primeira e a segunda guerra chechena", disse ele.
Basicamente são contratados. Eles, às vezes, jogam para um lado ou outro. Mas eles não tem técnica. Lá, a frente não é muito uniforme, batalhas ocorrem em diferentes locais habitados", - acrescentou Manas.

Atualmente tem mais exército regular russo. Mineiros quase não tem. Voluntários são poucos. Nós estamos sendo substituídos por tropas regulares, são forças de contenção, mas sob quaisquer circunstâncias vão defender certas posições". 
Ele também contou que sair de Donbas foi complicado. "Existe uma certa compreensão que a dispensa é segundo a lei. A mim ela foi dada depois de Debaltseve. Depois nós acompanhamos a "carga 200" (Denominação do transporte do corpo(s) de soldado(s) morto(s). Surgiu entre soldados soviéticos no Afeganistão. Perdura até hoje entre soldados russos e, agora, também ukrainianos - OK). 
O contrato eu não quebrei, para não causar suspeita. Eu, simplesmente pedi dispensa para ir para casa, embora na fronteira russa não me dispensaram". Mas Manas decidiu sair porque seu motivo não foi justificado.
"Eu tinha um motivo, que não justificou-se. Descobriu-se que tudo isso - agitação e propaganda".

Ele declarou, que agora poderia guerrear no lado ukrainiano.
"Eu iria, agora, lutar pela Ukraina. Estas são pessoas que protegem a integridade e a soberania do país, - disse ele.

***
O anúncio é do coronel Valentim Fedychev:

Na floresta ao longo da estrada de Gorlivka a Vuhlehorsk "DNR" escondeu 10 instalações de foguetes "GRAD".
Entre Amvrosiyivka e Kuibyshev, entre reflorestamentos há 15 canhões autopropulsados e 30 caminhões com munição da Rússia. 
Na noite de 16 de março, a Debaltseve, chegaram 40 vagões com militantes e veículos blindados. Todos os dias na estação de Ilovaysk "DNR" descarrega não menos de 10 vagões de munição, tanques com diesel e gasolina.
Os treinamentos de combate "DNR" realiza no centro de instrução na aldeia Starobeshevo, em Donetsk.
E no dia 17, Fedychev avisou que os militantes escondem tanques e artilharia autopropulsada (ASC) no consórcio "Styrol". (Consórcio "Styrol" parte da OSTCHEN - um dos maiores holdings químicos da Ukraina, que une várias empresas competitivas e de alto desempenho, produtoras de fertilizantes hidrogenados - OK).

Tradução: O. Kowaltschuk

terça-feira, 17 de março de 2015


Stanislav Belkovsky: Porque eu peço cidadania ukrainiana


Em breve, precisaremos escolher entre Rússia e Ukraina como entre Coreia do Norte e Coreia do Sul.

Político e publicista russo. Diretor de Estratégia Stanislav Belkovsky, persuadido de que a agressão da Rússia contra Ukraina é injusta e imoral capricho do presidente Putin, e, portanto, o cientista não quer viver em tal país.

Stanislav Belkovsky. Foto:asardarov.livejournal.com
Eu vivi na Rússia de Putin por um longo tempo, como todos nós, eu sei que tipo de país é este. Este é país de corrupção total, país de grosseria pública, de lavagem de dinheiro, de desprezo pela pessoa. A anexação da Criméia à Rússia - é derrota da Criméia, não é vitória. Mortos agarram os vivos: morrendo, Rússia com sua mão morta se esforça pegar ainda mais um pedaço. Se equivocar-se na situação não em um passo em frente, mas dois - três passos, então ela resultará em uma enorme derrota. Eu compreendo, que a Vladimir Putin era necessária uma compensação psicológica por toda a humilhação que ele sofreu de líderes ocidentais pelo tempo de permanência no poder, mas eu não tenho certeza que ela é necessária a todos os outros. Agora é bem possível a situação, em que a Coreia do Sul separou-se da Coreia do Norte. Eu não tenho certeza que Ukraina perdeu.

Eu sou fluente no idioma ukrainiano, eu conheço Ukraina, passei lá vários anos. Eu julgo, que Ukraina recebeu a chance de se tornar um país europeu, mas Rússia a perdeu, apesar de que Rússia e Ukraina, etnicamente e mentalmente são muito próximas.

Mas agora eles deixaram de ser um povo: Putin com seu golpe destruiu a unidade desses países. Eu sou uma pessoa madura (idade), e eu sei, que uma pessoa madura não é, necessariamente um idiota. E uma pessoa com mais idade que eu, Zbigniew Brzezinski, adjunto do presidente Carter sobre segurança nacional, falou com muita verdade: "Rússia com Ukraina - é um império, mas Rússia sem Ukraina - isso não é um império". Ontem nós estivemos presentes no funeral do Império Russo. Era preciso terminar com o império. Dois meus conceitos favoritos é que, em primeiro lugar, precisa substituir o império com um estado nacional, e em segundo, é preciso liquidar a Igreja Ortodoxa Russa do Patriarcado de Moscou. E isso está acontecendo diante de nossos olhos. Penso, que depois de tudo o que aconteceu a igreja ukrainiana se separa. Mas, sua presença, na composição da Igreja Russa é uma condição essencial para a existência da Igreja Ortodoxa Russa do Patriarcado de Moscou - o batismo da Rus (primeiro nome da Ukraina-roubado pela Rússia, modificado para Rússia - OK) realizou-se, para dizer o mínimo, não em Moscou.

Não sei se me darão cidadania ukrainiana, porque eu não posso dizer que os políticos ukrainianos me tratam bem - entre eles tenho muitos inimigos - mas eu vou pedir. Eu crio um importante precedente: a parte ativa de russos, que se posicionam positivamente perante Ukraina, podem agora passar do lado russo ao ukrainiano. Eu não me superestimo, não considero, que eu seja um grande estadista de nossa época - Deus me livre. Eu sou uma pessoa insignificante e me considero combustível, matéria-prima. Mas eu sou um átomo marcado. Se me derem a cidadania ukrainiana, o número de desejosos a receber a cidadania ukrainiana imediatamente crescerá em dezenas.

Entendido, ontem eu ouvi a mensagem de Putin. Este é o melhor de seus discursos. Quando você está fortemente motivado para dizer alguma coisa, você diz bem. Quando você declara seu amor à mulher, que você gosta muito, o texto será distinto - e isto foi ontem. Putin vivia seu período estrelar e, naturalmente, seu discurso foi muito mais forte e mais fundamentado, que todos os anteriores. Mas a questão é, o que virá depois. Este dia histórico nós sobreviveremos, e o que será amanhã? Rússia como antes permanecerá um Estado de total corrupção, que o mundo todo considera país de segunda classe, mas Ukraina recebe a chance de se tornar país europeu, mesmo não sendo de primeira, como Alemanha e Reino Unido, mas de segunda classe.

Hoje, o que digo pode parecer loucura e confusão, mas já é o negócio do profeta - no início lhe apedrejam, depois verifica-se que você está certo. Agora eu estou sendo apedrejado, e eu devo passar por isto, caso contrário não haverá profecia. Aqui, eu prevejo: muito em breve, diante de nós vai estar a escolha entre Rússia e Ukraina, como entre a Coreia do Norte e do Sul.

ATUALIZAÇÃO

No recebimento da cidadania eu seguirei meu caminho, campanhas públicas e manifestações não farei. Também eu não pretendo envolver-me em política ukrainiana, mesmo recebendo a cidadania - lá eu não tenho pretensões a qualquer carreira política. Decidi seguir meu próprio caminho, quero viver na parte ocidental da Ukraina, não necessariamente em uma cidade grande, e ocupar-me com meus assuntos. 

Eu não me percebo como uma importante figura pública, que merece atenção. Meu plano para cidadania continua em vigor, mas realizar uma conferência de imprensa eu não vou. Se depois alguém achar interessante saber, como acontece este processo, eu sempre estarei pronto para responder, mas não pretendo esclarecer o recebimento online. Eis o porquê: por incrível que pareça, o meu nome eu devo a Vladimir Putin, porque eu me tornei um conhecido cientista político, e comentarista graças à contínuos comentários sobre ele - é óbvio. Eu deveria ser grato a Putin por isso, embora eu nunca o apoiei como presidente da Rússia e, como fui, assim contínuo crítico de sua política. A atual Rússia não me agrada, embora eu sempre disse, que a situação do país não é apenas o resultado do governo Putin - é consequência da realização da Convenção de elite de 1993-1996.

Putin não cometeu nenhum tipo de violência a mim, não me colocou na prisão, por isso, no plano pessoal eu não devo tomar medidas que ele receberia penosamente, com aflição. O fato de eu receber a cidadania - não é um fato que possa atrair grande atenção, mas a demonstração pública e um reality show sobre este tema atrairá e causará insatisfação. E eu estou bem ciente das consequências desse descontentamento. Visto que a cabeça sobre as costas eu tenho só uma, demonstrações do processo do recebimento da cidadania não haverá. Eu não sou figura de tal importância que possa conduzir uma campanha, seriamente irritante ao presidente da Rússia. Não apenas porque tenho medo dele, mas porque compreendo, com que facilidade ele pode me destruir, em qualquer parte do mundo, mas também, porque nenhuma razão moral eu não tenho. Apesar das críticas que sempre saíram de minha boca durante o seu reinado, eu periodicamente, ultrapassava o limiar da emoção, correspondente ataque do lado de Putin não houve, além de que eu a muito tempo estou proibido nos canais federais. Mas isto não é golpe, e eu não sou tão importante para ser mostrado no "Primeiro Canal". Nós temos muitos oposicionistas faladores, que agora vão rasgar a camisa no peito - eles não compreendem que há limites intransponíveis em relação a Putin.

A afirmação de que eu sou profeta, por favor, considerar hipérbole literária, para que alguns não tenham a impressão de que eu me tornei inadequado e considero-me um profeta.

Tradução: O. Kowaltschuk

domingo, 15 de março de 2015

Algumas notícias da última semana
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 15.03.2015

"O alojamento da OTAN perto da fronteira com a Rússia, sobre uma base rotativa, terá certas implicações para a dimensão político-militar de segurança na Europa", declarou o diretor da Não Proliferação e Controle de Armas no Ministério do Exterior da FR Mikhail Ulyanov, avisa RIA "Novosti".

"Os países da OTAN, a fim de evitar acusações de violação das obrigações usam o princípio de colocar as forças em sistema de rodízio, que não é uma colocação permanente, e as unidades são intercambiáveis" - disse Ulyanov.
Ele afirmou, que para Moscou não faz diferença, se essas forças estão em uma base permanente ou rotativa.
"Nós vamos acompanhar. Por enquanto conclusões finais ainda não fizemos sobre possíveis abusos, mas se for necessário, faremos. Isto, naturalmente, terá implicações para a dimensão político-militar de segurança na Europa..." - disse ele.
Na semana passada o Ministério das Relações Exteriores descreveu como "muito, muito alarmante" o treinamento de navios da OTAN no Mar Negro.

Como foi relatado, os EUA começaram transferir para Letônia grandes quantidades de armamento, incluindo tanques, veículos de combate da infantaria, caminhões, helicópteros, em preparação para os exercícios "Atlantic Resolve".
Além disso, para Lituânia serão deslocados cinco tanques americanos "Abrams" e mais dez outros veículos.

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Estado-maior da ATO: "No Donbass há mais de 43 mil terroristas e quase nove mil militares da FR. Os militantes possuem cerca de 780 tanques, 1030 veículos blindados, próximo de 500 sistemas de artilharia, quase 420 MLRS, 7 lança-chamas, cerca de 130 sistemas de defesa aérea", - declarou Fedychev, subchefe ATO.

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"Em violação aos acordos de Minsk, o inimigo continua concentrar equipamentos pesados, tanques, veículos blindados, MLRS, artilharia automotriz, na direção sul, particularmente Novoazovsk, Sakhanka e povoados próximos" - disse Shkiryak. 
O número de terroristas cresce a cada dia, disse ele.
"As forças ATO mantem suas posições e estão prontas a qualquer momento dar resistência ao agressor. Prosseguem os trabalhos com a fortificação da linha de defesa de Mariupol", - completou ele.
Pela manhã do dia 15 os terroristas realizaram algumas descargas de morteiros às posições do regimento da Guarda Nacional "Azov", em Shyrokine. De acordo com o Departamento de Polícia, citando o Ministro do Interior Zorian Shkiryak, as forças ATO abriram fogo em resposta aos tiros do inimigo.

Os terroristas, apesar do acordo de paz sobre a remoção de armas pesadas, continuam provocando nossas posições com o uso de morteiros de 120 milímetros.
Às 22h15min, com fogo de morteiros atacaram a aldeia Opytne, às 22h50min Hranitne, na direção de Donetsk. Além disso, até meia noite, o inimigo conduziu tiroteio, com pequenas armas de fogo 4 vezes a Opytne. E, depois da meia-noite, lançou duas granadas automáticas..
Na direção de Artemivsk, às 22h lançaram fogo de morteiro sobre a aldeia Myronivska.
Na direção de Luhansk dispararam, com armas de pequeno porte, três vezes contra Sokolniki e uma contra Trohisbenk.
Na direção de Mariupol não houve tiroteio no início do dia, mas é aqui que intensifica-se o reconhecimento aéreo do inimigo", - declara o centro de imprensa da ATO.
Em Donetsk, às 9h20min, atiraram dos tanques sobre Pisky, às 13h sobre Avdiivka .
Das 16h25min às 16h50min atacaram Pisky com morteiros de 82 e 120 milímetros. 
No final do dia, na direção de Mariupol, sobre Sherokiny dispararam morteiros de 120 milímetros. Usaram armas de pequeno porte em Chermalyk e também em Shyrokine.
Na aldeia Sokolniki , em Luhansk, usaram armas de pequeno porte.

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Aproximadamente cem cidadãos alemães lutam no leste de Ukraina, no lado dos separatistas, a maioria deles são da Rússia. No entanto, entre os simpatizantes dos separatistas encontram-se ex-militares profissionais, escreve Die Welt.
Ao contrário dos alemães, que lutam pelo Estado Islâmico, os simpatizantes  do separatismo no Donbas não temem responsabilidade criminal.

"Se os alemães participam de ações de combate, isto deve ser considerado como crime, como participação de organização terrorista. Em pessoas com dupla cidadania devem ser recolhidos os passaportes alemães pela participação na guerra" - disse Stephen Meyer, especialista do partido CDU/XCC (União Cristã-Democrata/União Cristã Social).

O turismo militar  da Alemanha já causa preocupação em Kyiv. O embaixador ukrainiano na Alemanha Andrew Miller já pediu ao governo alemão para não contribuir, para que cidadãos alemães não participem de assassinatos no leste da Ukraina.

O ministro de Assuntos Internos da Alemanha declarou que não vai tolerar os crimes cometidos por seus cidadãos no exterior. Serão introduzidas medidas proibitivas e restritivas à saída do país aos que pretenderem pegar em armas na Ukraina.

Como já foi declarado anteriormente, a Polícia de Segurança da Letônia organizou "caçada" aos seus cidadãos que lutam no leste da Ukraina.

Tradução: O. Kowaltschuk