quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Rússia escondeu Yanukovych

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana)


  Viktor Yanukovych está em segurança na Rússia. Isto foi publicado no "Interfax-Ukraina", com referência  das fontes de estrutura de poder da Rússia.

  "Devido ao fato que Yanukovych apelou às autoridades russas para lhe prestar segurança pessoal, o pedido foi concedido" - disse a fonte.
  Na Ukraina lhe foi declarada suspeita por assassinatos em massa e anunciada busca.

  No dia 27 de fevereiro apareceu o pedido de Yanukovych à Rússia para lhe fornecer segurança pessoal.

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  Pessoas com bandeiras russas invadiram o território do Parlamento da Criméia, atravessaram o cordão policial e aproximaram-se do Parlamento.

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   A Porta-voz do primeiro-ministro da Criméia, Violeta Lisin, confirmou que pela República Autônoma da Criméia deslocam-se veículos blindados russos. O chefe do Mejelis (Parlamento) da Criméia, deputado Mustafa Dzhemilyev considera, que as ações das pessoas que se apoderaram do prédio do Parlamento e do Conselho de Ministros da Criméia estão de acordo com os representantes da Frota do Mar Negro, baseada na Criméia. "Nós temos bem fundados receios de que suas ações são acordadas com a Frota do Mar Negro - através da Criméia observa-se movimento de equipamento militar. Fui avisado, que para o lado de Simferopol seguem aproximadamente 50 veículos blindados" - disse ele ao"Interfax Ukraina". 
  E, segundo ele, nos hotéis há muitos militares à paisana, da frota russa do Mar Negro. 

  A República Autônoma da Criméia é uma península localizada no sul da Ukraina. Em uma de suas maiores cidades, Sevastopol, está baseada a frota russa do Mar Negro. A população é uma mistura de povos. A maior colônia é russa, seguida da ukrainiana, de tártaros da Criméia, tártaros, alemães, judeus, gregos, armênios, e outros.

  O território da República autônoma da Criméia, que fazia parte da União Soviética, em 1954 foi "doado" por Krushchev para Ukraina.

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  O Parlamento da Criméia marcou um referendo sobre ampliação de plenos poderes para 25 de maio. Será colocada a questão: "A República Autônoma da Criméia tem a soberania de Estado e faz parte da Ukraina, com base de acordos e convenções. Sim ou não?".

  A mesma deliberação aprovou desconfiança ao Conselho de Ministros da Criméia e redução de seus plenos poderes. Também dispensou Anatoli Mogilev do cargo de presidente do conselho de Ministros da Criméia. 

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  O conjunto da dívida externa da Ukraina, no final de 2013, chegou a 140 bilhões de dólares, ou próximo do PIB. Dentro deste valor, 65 bilhões de dólares de curto prazo.
  De acordo com o programa do governo ukrainiano, a dívida é quatro vezes maior que as reservas cambiais do país, que caíram para 15 bilhões de dólares.

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  O candidato ao cargo de Primeiro-Ministro Arsenii Yatseniuk disse, na tribuna do Parlamento, que o governo Yanukovych-Azarov enviou para offshore 70 bilhões de dólares. 
  Ele ressaltou que os cofres do Estado foram saqueados, estão vazios, por isso ele não garante "melhorias" nem hoje, nem amanhã. (alusão à promessa de "melhorias" do ex-presidente Yanukovych.

  "Esbanjados mais de 20 bilhões de dólares (EUA) em reservas de ouro e recebidos 37 bilhões de dólares de empréstimos que sumiram em direção desconhecida" - disse Yatseniuk.

  Em tribunais internacionais há uma série de pedidos de compensação de créditos e devolução de recursos, recebidos pelo governo Yanukovych-Azarov. Um deles é a devolução de três bilhões de dólares, que, foram recebidos, sob garantia do Estado da República da China.

  "Estamos diante de desafios econômicos imensos e vencê-los, não há outra maneira que tomar decisões muito impopulares, que serão aplicados a subsídios, tarifas, cortes nos programas sociais e salvamento do sistema financeiro do país" - acrescentou ele.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

Primeiras reações do Maidan, de mídias sociais e políticos

Voz da América - Rádio Svoboda, 23.02.2014

Tymoshenko veio a Kyiv e durante a sua apresentação no Maidan prometeu, que a política será outra, ela volta-se ao trabalho, mas todos culpados no assassinato e espancamento das pessoas serão punidas. Casa Branca saudando a libertação de Tymoshenko, hoje lhe desejou ocupar-se com a saúde, mas o jornalista-pesquisador Serhi Leshchenko lembrou evidências do passado.

Redator da "Verdade Ukrainiana" o conhecido jornalista investigativo ukrainiano Serhi Leshchenko em seu Facebook destacou que, no momento, os ukrainianos têm uma oportunidade única para recarregar este país. E, agora, devem vir pessoas com caráter moral intocável. Agora, com todo respeito, "não é a vez de Tymoshenko governar o país.

O jornalista apontou diretamente para os resultados de sua investigação, os quais indicam uma relação corrupta de Yulia Tymoshenko com o antigo primeiro-ministro da Ukraina Pavlo Lazarenko.

"Eu tenho os mesmos documentos, que encontraram hoje no Myzhyhiria - apenas lá se trata de pagamentos de Tymoshenko para Lazarenko. Não é 100 UAH que ela lhe pagou, mas 100 milhões de dólares - no mínimo. Eu tenho um testamento em vídeo, de um agente do FBI que ela era aliada de Lazarenko e lhe pagava subornos. Eu tenho um pacote de comprovantes da Tymoshenko ao Lazarenko, e tenho confissões de parceiros de Tymoshenko, e também de seus subordinados diretores - tais como os "sem teto de Riga", como na história das torres de Boiko. E não convém dizer, que os negócios em 1990 não era possível fazer de modo diferente. Pagar subornos, como ocupar-se com negócios - é uma escolha livre de cada pessoa", - declarou o jornalista.

Eu não quero que sobre o futuro presidente da Ukraina - país que passou por sangue - escrevam como pessoa com passado corrupto. Mas, se Tymoshenko se tornar presidente, eu vou escrever assim.  "Que Tymoshenko seja livre, que ocupe-se com negócios, ou caridade, seja diretora do museu "Myzhyhiria", mas não presidente!

E, não precisa agora falar sobre "Contratodos". Eu nunca fui um deles. Maidan gerou milhares de líderes, que não vão governar pior que Tymoshenko. Que o presidente seja Parubi (deputado), Yarosh (líder do Setor Direito), que seja aquele garoto, que ontem pulou no palco e anunciou ultimato ao Zek, após o que Zek fugiu, mas não Tymoshenko (Zek é o qualificativo que designa um ex-prisioneiro. No caso a referência foi a Yanukovych, que na juventude foi preso por furtos. Pelo visto o vício vem de longe. E o grito mais frequente do Maidan "Zeka Het" significa "prisioneiro, fora!" - OK). 

Tradução: Oksana Kowaltschuk


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