quinta-feira, 16 de janeiro de 2020


METADE DOS UCRANIANOS TRABALHA ILEGALMENTE OU NO EXTERIOR.

Castelo Alto (Vusokyi Zamok) 14.01.2020.

Metade dos ucranianos em idade ativa trabalha ilegalmente ou no exterior.

Isso foi anunciado em uma entrevista coletiva pelo Ministro de Desenvolvimento Econômico, Comércio e Agricultura da Ucrânia, Timofiy Milanov, relata o Ukrinform.

"Hoje, apenas 12,8 dos 27,5 milhões de ucranianos saudáveis trabalham legalmente.  De que proteção estamos falando? Metade de nós em idade ativa trabalha em outros países ou ilegalmente", afirmou Milovanov.

Ele ressaltou que o projeto de lei apresentado pelo Gabinete de Ministros para consideração  da Verkhovna Rada (Conselho supremo) prevê uma série de inovações que permitirão liberalizar entre funcionários e empregadores, criar
novas regras de jogo e equilíbrio de interesses de  empregados e
empregadores. 

Prevê-se, em particular, que as relações de trabalho possam ser alteradas, tanto por iniciativa do empregador quanto por iniciativa do empregado; elas serão reguladas pelo emprego, acordos coletivos ou setoriais, que deverão  especificar as condições de trabalho e várias outras questões. Os acordos coletivos podem ser assinados não apenas por sindicatos, mas também por representantes do coletivo.

Segundo Milovanov, além de simplificar o procedimento de entrada ou saída do trabalho, existem mecanismos de proteção contra a perda do trabalho.

"Sim, o funcionário, como agora, deve ser avisado sobre a demissão em um determinado período de tempo. Esse termo é definido dependendo do tempo em que a pessoa trabalhou na empresa. Isso também se aplica aos funcionários que trabalharam em contratos de prazo fixo", disse Milovanov."

"Como hoje será: você tem dois meses para notificar, você deverá pagar uma compensação por quatro, o dobro se a pessoa não concordar.  O termo pelo qual é necessário avisar depende de meses ou anos em que a pessoa trabalhou. Em suma, mesmo se você tiver contratos de prazo fixo", - disse Milovanov.

Ele também acrescentou que está planejando reduzir a taxa de desemprego em  5% em cinco anos e diminuir o período procura de emprego para os desempregados. Agora, segundo Milovanov, são 3,5 meses.

A Federação dos Sindicatos da Ucrânia se opôs à proposta apresentada pelo Gabinete de Ministros à Verkhovna Rada (Conselho Superior) e anunciou ações de protesto.

Em 28 de dezembro de 2019, o Gabinete de Ministros enviou ao Parlamento o projeto de lei "Sobre o trabalho". O documento Nº 2708 prevê cinco inovações importantes: salvaguardar e popularizar os direitos sociais dos trabalhadores; aumentar o número de empregos legais; igualdade de oportunidades para homens e mulheres na esfera do trabalho; aumentar a renda dos trabalhadores em toda Ucrânia; harmonização da legislação ucraniana com a legislação européia.

Tradução por: Oksana Kowaltschuk




sexta-feira, 27 de setembro de 2019

"ELES NÃO SÃO INFORMADOS, SÃO COMO FANTOCHES..."  EURODEPUTADO SOBRE O PARLAMENTO UCRANIANO.

Castelo Alto (Vysokyi Zamok, 26.09.2019.

O Parlamento Europeu acompanhará de perto os passos democráticos na Ucrânia e fornecerá conselhos conforme necessário, mas não pretende ensinar democracia à Ucrânia.

Essa opinião foi expressa pelo recém-eleito Presidente  do Grupo do Parlamento Europeu no Comitê da Associação UE-Ucrânia Vitold Vashchykovsky na quinta-feira em uma reunião com a imprensa, relata Ukrinform.

As reformas internas são seu assunto soberano, decisão soberana. Eu não quero interferir no seu processo democrático. Nós vamos observá-lo, podemos dar conselhos, se solicitados. Mas não pretendemos ensinar-lhes democracia.

Diferente ponto de vista expressou a primeira vice-presidente da Delegação do Parlamento Europeu, a deputada alemã Viola Von - Taubadel, a qual acabou de regressar da Ucrânia e, segundo ela, está bem ciente da situação interna do país.   

"Acho que agora é um momento crucial para Ucrânia e gostaria de ver nossa posição. ´/e do nosso interesse que o novo presidente não continue pressionar os parlamentares e desfazer os fundamentos estruturais mais importantes da democracia política. As primeiras semanas mostraram que é importante que Zelensky seja eficaz e acelere as reformas. Mas sem um procedimento parlamentar adequado, isso é perigoso. Se você permite que seus parlamentares 
votem em 66 projetos da noite  para o fia, eles não são informados, são como fantoches",  disse o político europeu.

Ele chamou tal situação de "perigosa e inaceitável. 

"Não é do nosso interesse que a revolução, que ocorreu perto das urnas eleitorais, acabe com a destruição completa do sistema parlamentar. Nosso conselho é ser paciente

Tradução: O. Kowaltschuk

sábado, 21 de setembro de 2019


MEDICINA MILITAR: ACONTECEU O PACIENTE RECEBER ALTA, MAS NÃO TINHA PARA ONDE IR. NÓS MUDAMOS ISSO.


Entrevista: Castelo Alto 16.09.2019.

O Centro Clínico Médico Militar da Região Oeste, conhecendo como o hospital de Chekhov tornou-se o centro de peregrinação para o povo de Lviv, que cuidou dos "atovtsi" (Sodados  e voluntários que lutam pela liberdade da Ucrânia. Palavra derivada da palavra ATO), desde os primeiros dias da guerra. Assim que as ambulâncias com sirene aceleraram em direção ao centro do aeroporto, todos sabiam que era hora de mais uma mobilização comunitária.



Como vive hoje a instituição médica militar mais importante da região, diz Taras Klofa, coronel das Forças Armadas da Ucrânia, urologista de primeira categoria, doutor honorário da Ucrânia, candidato a ciências médicas, adjunto da unidade médica do chefe do centro clínico militar da região oeste, deputado da facção LMR.

- Qual é a especifidade de sua instituição, será área de responsabilidade?

- O Centro Médico Militar da Região Oeste está sob a autoridade do Ministro da Defesa. Zona de responsabilidade e proteção de serviços médicos aos militares aposentados e militares da ativa. Formalmente, há um vínculo territorial - são oito regiões: Lviv, Volyn, Transcarpathian, Ivano-Frankivsk, Ternopil, Chernivtsi, Rivne e Khmelnitsky.  Os serviços também são fornecidos a civis, com base em honorários, mas a proporção dos pacientes armados é de cerca da 65 a 70%. 675 camas. Obviamente, não é o número de leitos que determina a capacidade da instituição, mas na Ucrânia é mais um indicador do qual depende, em particular, o financiamento. Atualmente, existem cinco  desses centros na Ucrânia -  ainda em Kiev, Odessa, Kharkiv e Vinnytsia. Cada um tem sua especialização. A nossa é neurocirurgia, traumatologia, cirurgia cardiovascular e reabilitação. Existem outros compartimentos, onde recebemos pacientes, mas esse é o perfil do Centro Ocidental. 

- Qual foi a disponibilidade do hospital em 2014 com o início da agressão russa?

- Claro, ninguém esperava tais eventos. O hospital estava acostumado a trabalhar em tempos de paz e, quase todo o financiamento, como todo o exército, estava ausente. A guerra nos pegou, francamente, de surpresa. Lembro-me de agosto, setembro e outubro de 2.024. Provavelmente os piores meses. Durante o dia, mais de 120 feridos poderiam passar pelas salas de operação nos hospitais do Leste. As enfermeiras cirúrgicas caíam de cansaço. Os médicos faziam plantão diariamente, e após sua escala de trabalho, ficavam, porque sabiam que não havia outra saída. Havia uma escassez crítica de pessoas. Tivemos um aumento no número de médicos mobilizados, mas depois de alguns meses eles voltaram aos seus empregos anteriores. No total, desde 2.014 em Lviv nós recebemos cerca de um mil feridos - mais de mil vidas foram salvas. Os feridos continuam chegando, a guerra continua.

- E graças a o quê conseguiam?

- Graças ao entusiasmo e auto-sacrifício de nossa equipe. E ao apoio da comunidade de Lviv. A sociedade se envolveu muito e sua assistência tem sido extremamente relevante para nós. Todos ajudaram: ativistas comunitários, voluntários, empresas privadas, escolas, cidadãos comuns. Traziam de tudo: desde roupas e produtos de higiene a equipamentos médicos. A partir de agora, já podemos atender às necessidades dos pacientes em 85 a 90%. Existem coisas específicas que Ucrânia não tem ou não têm a oportunidade de comprar, e então buscamos ajuda de organizações de voluntários. Em 2014 tudo estava faltando. Outro desafio é a especificidade das lesões em minas terrestres. Não tínhamos tal experiência. São lesões muito complexas, curso imprevisível da doença. Alguns médicos que serviram no Afeganistão e no Iraque tinham alguma experiência. Precisamos aprender no processo do trabalho.

- Agora a situação de segurança mudou?

- Naturalmente, melhorou significativamente. No entanto, o equipamento desgasta-se, há a necessidade de atualizações e modernização. Por exemplo, calculamos que, para reformar uma sala cirúrgica, de acordo com os padrões atuais, precisamos de 4 a 4,5 milhões de UAH, e temos 7 unidades operacionais. Existem dificuldades em tornar nossas instalações acessíveis a todas as categorias de pacientes. Lembro, de que nossa especialização são lesões na coluna vertebral, por isso muitos se locomovem em carrinhos. Então, digamos que a instalação de uma ou duas portas, que respondem ao sensor de movimento e se abrem, não resolverá esse problema. No Ocidente, os hospitais militares são planejados e construídos com tão importante nuance, nós segundo a possibilidade acrescentamos o que podemos.

Em breve instalaremos um novo elevador moderno, graças a fundos fornecidos pela Câmara Municipal de Lviv. Além, às custas da cidade e da região, houve melhoras no hospital. Em 2015 - 2016, com a ajuda do padre Stepan Sousse e da comunidade ucraniana de Hannover, trouxemos 180 leitos funcionais: eles serviram de três a cinco anos em hospitais alemães, mas comparados a o que tínhamos, esta era uma oportunidade para melhorar as condições de vida dos pacientes. Com a participação de filantropos e organizações de voluntários, significativamente foi atualizada e aprimorada a Clínica de Medicina Renovável.

Questões não resolvidas.

- Como já foi dito, trabalhamos com uma categoria especial de pacientes, em particular com lesões do sistema nervoso, central e periférico, danos do sistema músculo-esquelético, que são entregues em estado supino (deitado) e, eventualmente passam  para o carrinho. As consequências  de ferimentos explosivos são imprevisíveis. com complicações. O tratamento pode levar meses. Alguns pacientes necessitam de tratamento caro que não é possível pelo governo. Nós não temos condições de fornecer isso por conta própria, está além da nossa competência. Para alguém surge a chance  de continuar seu tratamento no exterior, mas os custos são suportados, principalmente pela família e organizações voluntárias, pois não há uma abordagem sistemática no nível do Ministério da Defesa. Às vezes um paciente recebe alta e sai do hospital com uma pensão de 4,5 mil UAH por mês e não há para onde ir, nenhuma família. Todas essas questões requerem uma solução sistêmica, possível com a cooperação ativa dos governos locais, instituições médicas, ministérios dos veteranos da defesa.

Tradução do ucraniano: O. Kowaltschuk

sábado, 14 de setembro de 2019


O MUNDO SOBRE RÚSSIA: ESPIÕES EM SÃO FRANCISCO E AMEAÇA À INFRAESTRUTURA DE COMUNICAÇÃO.

Semana. ucraniana  -  Yuriy Lapayev

   Foreign Policy investiga porque a missão diplomática russa em São Francisco foi encerrada. The Guardian chama a atenção para o perigo de navios de guerra russos para cabos de internet entre os EUA e Europa,

   Apesar das sanções e da situação econômica não tão positiva no interior do país, as autoridades russas não desistem de sua política agressiva. Isso é evidente não apenas na Criméia ou no Donbass As ações perigosas e frequentemente incompreensíveis dos militares russos têm caráter global.

Na semana passada, a edição americana Foreign Policy publicou uma longa história sobre o que estava acontecendo em torno do consulado russo em são Francisco antes de seu fechamento.

Quando Donald Trump tomou a decisão de fechá-lo em agosto de 2017 durante um escândalo diplomático com a Rússia, surgiu a questão de por que, exatamente, este consulado? Afinal, Rússia tinha várias representações diplomáticas nos Estados Unidos. No entanto, essa decisão, segundo o autor do artigo, Zack Dorfman, estava relacionada à atividade constante, intensa e secreta de espionagem realizada por este consulado. Segundo fontes do jornal, o consulado de São Francisco desempenhou um papel único nas operações de inteligência russas: serviu como uma espécia de centro, importante e inigualável em termos de capacidade técnica para adquirir.

Isso se deve, em especial, ao fator geográfico - o consulado ficava próximo ao Vale do Silício, universidades de renome como Stanford e Berkeley, além de empresas de pesquisa e produção de armas nucleares. Tal ponto de vista indiretamente confirma-se pelo número extraordinário de agentes de inteligência russos especializados em ciência e tecnologia avançada.

O autor chama essa decisão da administração dos EUA de oportuna e eficaz.No entanto ele duvida de quanto Trump entende sua importância e suas reais consequências. Portanto, a decisão de fechar o consulado pertence mais ao Conselho de Segurança Nacional dos EUA, principalmente ao secretário de Defesa James Mattis e ao secretário de Estado Rex Tillerson.

No entanto, segundo o autor, o fechamento do instituto não interromperá as aspirações de espionagem da Rússia. Ela continuará com sua inteligência agressiva, provavelmente através de pessoas não oficiais, como engenheiros ou cientistas,

O jornal britânico The Guardian, escreve sobre o comportamento perigoso dos navios de guerra russos no Oceano Atlântico, nas áreas onde estão as principais linhas de internet a cabo, entre os EUA e a Europa. A publicação cita Sir Stuart Peach, chefe da equipe de defesa britânica, que observou que Rússia pode causar um sério golpe ao Reino Unido e a outros países da OTAN se danificar as comunicações subaquáticas vitais para Internet e o comércio eletrônico.

A magnitude das perdas pode ser estimada observando os resultados de um estudo do centro analítico do Pólicy Exchange. Os autores deste estudo estimam que 97% de todas as comunicações globais é aproximadamente US$10 trilhões em transações financeiras diárias transmitidas através desses cabos submarinos.

Além do dano usual às redes, também existe o perigo de as unidades russas interferirem em seu trabalho para interceptar informações valiosas. Segundo Peach, em tais circunstâncias, a Grã-Bretanha e seus aliados devem continuar desenvolvendo sua frota para garantir paridade com os desenvolvimentos russos.

No entanto, apesar das advertências das forças armadas, há um projeto no Gabinete de Ministros britânicos para reduzir as forças navais de 7.000 para 6.000 e abandonar dois navios de assalto anfíbios, Essa  redução é um elemento de revisão da política de segurança que está programada para o início do próximo ano.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

domingo, 1 de setembro de 2019

Arcebispo de Kiev: “a capitulação traz uma falsa paz que fere ainda mais o povo”
Fonte: Flagelo Russo
“A capitulação é uma imitação de paz e uma mudança na forma como infligimos feridas em nosso povo” declarou à agencia de imprensa ucraniana Censor.net, o chefe do rito greco-católico, Arcebispo-mor Sviatoslav Shevchuk de Kiev-Halych, em relação aos atritos armados que perduram nas regiões ucranianas invadidas pela Rússia. 
A longa entrevista foi também resumida pela agência “Catholic News Service” dos EUA, 

Segundo a ONU pelo menos 13.000 soldados e civis morreram e 30.000 foram feridos no conflito no leste da Ucrânia. 

Por volta de 60.000 soldados ucranianos permanecem em pé de guerra numa fronteira de 400 quilômetros enfrentando 35.000 milicianos separatistas, mercenários estrangeiros e unidades regulares do exército russo.

O número dos católicos abarcados pelo rito greco-católico ucraniano não cessa de aumentar inclusive nas regiões ocupadas violentamente pela Rússia, onde o invasor exige que todos os cristãos se insiram no cismático Patriarcado de Moscou.

Das três dioceses que sobreviveram desde o Império Austro-Húngaro o catolicismo ucraniano passou a ter 35 dioceses e 8 áreas metropolitanas, comparáveis a arcebispados. A última metrópole foi criada há 5 anos em Curitiba. 
Com a ajuda de Deus a igreja perseguida, explicou o arcebispo-mor, a Igreja enfrenta a violência anticristã e acaba progredindo.

Mas, se Ela tenta se fechar sobre si procurando alguma zona de conforto, ela começa a desaparecer. 

E é o que está acontecendo inclusive nas regiões da Crimeia, Donetsk e Lugansk ilegalmente ocupadas pela Rússia e seus apaniguados separatistas.

Soma-se a articulação da diáspora católica ucraniana no mundo e na migração forçada de inúmeros ucranianos. Só na Itália há cerca de meio milhão de ucranianos vivendo permanentemente. 

A ocupação russa da região de Donetsk, explicou Dom Svyatoslav, é como uma cicatriz viva que corta o corpo do bispado de Donetsk, e regiões dependentes de Zaporizhzhya e Dnipropetrovsk. 

O bispo greco-católico de Donetsk não pode voltar à sua diocese desde 2014 porque estava na lista dos ameaçados de morte. 

Entretanto, continuam existindo 11 paróquias ativas nos territórios ocupados. 
“Curiosamente, muitas pessoas deixaram a área, mas o número de pessoas que vieram aos nossos templos não diminuiu. Nós mesmos não entendemos completamente como explicá-lo”, explicou o arcebispo-mor de Kiev.

Nossos sacerdotes estão em perigo. Às vezes tínhamos de tirá-los de lá quando havia um perigo e depois voltavam”.

“Não quero entrar em detalhes porque pode ser perigoso para os nossos fiéis. No entanto, apesar das circunstâncias dramáticas, nossos padres permaneceram lá.

“Também conseguimos manter nossa presença na Crimeia. Todas as 5 paróquias lá – Simferopol, Yevpatoria, Yalta, Kerch, Sevastopol – estão funcionando. O Vaticano tomou sob seus cuidados pessoais as 5 paróquias”.

“Nossas paróquias foram forçadas a se submeter a estudos religiosos em Moscou. Graças à coragem de nossas comunidades, pudemos defender nossa presença”.

“Infelizmente, a agressão continua até hoje. O rito greco-católico ucraniano não tem relação direta com o poder ocupante, mas Roma tem grandes recursos de comunicação [e se reúne com Putin]”.
Mons. Svyatoslav mostrou que o rito greco-católico sempre foi parte integrante da sociedade civil.  E junto com a Ucrânia toda passou um enorme sofrimento quando o invasor comunista agrediu essa sociedade visando destruí-la.

Naqueles momentos de dor, a Igreja Católica era a única instituição social que protegia o povo e falava em seu nome.  Nunca se tornou parte de um mecanismo estatal como fizeram as igrejas cismáticas.  Entretanto, a Igreja não age como grupo político e não cria seu próprio partido político. A Igreja deve permanecer Igreja mostrando os ideais eternos.  Segundo as estatísticas, um milhão de ucranianos deixam o nosso país todos os anos. Então a igreja segue as pessoas para lhes fornecer cuidado espiritual.

O novo presidente Volodymyr Zelensky está se preparando para futuras negociações com os líderes dos terroristas que tomam conta das regiões separatistas como instrumentos de Moscou. Os bispos greco-católicos de início escreveram uma mensagem ao mundo chamada “Ucrânia está sangrando”. Nela explicaram que adianta de pouco ficar curando as feridas da guerra enquanto o agressor não para de causar novos ferimentos.
A paz, sublinhou o arcebispo-mor, não pode significar capitulação e consentimento para qualquer agressor. 

“Então será uma imitação de paz e as consequências serão piores que a guerra. 

“Para que a paz seja real, deve ser justa. 

“Caso contrário, será simplesmente uma mudança na forma como infligimos feridas em nosso povo. 

“Nós sabemos pelas lições da história que apaziguar o agressor equivale a alimentar seu apetite”.
O arcebispo também manifestou sua preocupação pela recuperação da catedral de Santa Sofia de Kiev que é a catedral mãe. 

“Todos os ramos do cristianismo ucraniano, inclusive os cismas, tem como ponto de referência essa catedral que é a igreja do Batismo de Vladimir. Isso exige muita cautela pois é usada por várias denominações.

No mundo eslavo, Kiev é chamada de Segunda Jerusalém e se reproduzem tensões como as que há nessa cidade do Oriente Médio.

Capitulação é uma imitação de paz e uma mudança na forma como infligimos feridas em nosso povo, Arcebispo-mor Sviatoslav Shevchuk de Kiev-Halych, cabeça do rito greco-católico ucraniano, o maior rito católico depois do latino, que tem igualmente sua cabeça em Roma.
"Chegaremos a Kiev, depois a Lviv" DNR (República Popular de Donetsk) pretende invadir novos territórios da Ucrânia.

O assim chamado primeiro-ministro da auto proclamada DNR, Alexander Borodaita e seus cúmplices, pretendem invadir novos territórios da Ucrânia.

"Дійдемо до Києва, потім до Львова": в "ДНР" замахнулися на нові території України

Eles disseram que planejam capturar Kiev, depois Lviv.

Isso foi relatado pelo jornalista ucraniano Roman Tsymbalyuk em sua página no Facebook, que também postou uma foto da reunião dos participantes da "DNR" (República Popular Separatista, região que declarou independência da Ucrânia em 07 de abril de 2014. Só é reconhecida pela Ossetia  do Sul , que não é reconhecida pela ONU), relata OBOZREVATEL.

Ele também citou, sarcasticamente, a tese da "União de Voluntários de Donbass" quanto aos planos para Ucrânia.

"Chegaremos a Kiev, depois a Lviv. Não há Ucrânia". Piedade para nós, aos ucranianos não haverá. A indulgência só será possível após a rendição incondicional, como aos alemães em 1945. Porque, em geral, nós somos um povo, sem a Ucrânia, Rússia não é um império.

Tradução: O. Kowaltschuk





terça-feira, 13 de agosto de 2019

PUTIN NÃO SENTE PENA POR NÓS.

Vitaly Portnikov

Castelo Alto (/Vysokyi Zamok), 13.08.2019.

   Notícia sobre a morte de mais um combatente ucraniano - vítima de uma trégua virtual que foi anunciada em 21 de julho, surge, concomitantemente a outras notícias não menos trágicas.

   Sobre 16 vezes superadas as normas de radiação em Severodvinsk. Mas o governante russo não está muito preocupado com a catástrofe, que já começam falar, como segundo Chornobil. Putin tem seus entretenimentos - Criméia, motocicletas, espancamento dos participantes do protesto em Moscou.

  Se Putin não tem pena dos russos - vítimas dos próprios experimentos militares - então por que ele sentiria pena de nós com vocês? Esta é a pergunta, que deveria formular para si, antes de tudo, o presidente ucraniano Volodemer Zelensky que, constantemente, dirige-se a Putin com apelos para um acordo, cessar o derramamento de sangue - e em resposta a ele apenas alegram-se.

Pode-se, sem dúvida, dizer que a ingenuidade de Zelensky é relacionada com sua sincera incompreensão de processos políticos. Mas isto não é bem assim. Sim, o político deve saber assumir a responsabilidade pela vida das pessoas. Mas, o mais importante - sim é que estas vidas ele deve valorizar.

Se ele for, claro, um governante não autoritário. Estes - ninguém e nada lastimam, nem mesmo os próprios filhos. A eles interessa apenas o resultado. É justamente por isso que os números das perdas da União Soviética na Segunda Guerra Mundial são tão diferentes daqueles dos Aliados e até mesmo do Reich. E sim, entre as vítimas da guerra estava o filho de Josef Stalin, aqui eu não estou exagerando.

Putin matará tantos ucranianos, quantos precisar para lançar seu objetivo principal - recuperação do controle da Rússia sobre Ucrânia e integração das terras ucranianas ao império. E Zelensky, e os simpatizantes de Zelensky devem entender isso: matará tantos quantos forem necessários e até mais. E não vai perguntar, quem votou em Zelensky e quem votou em Poroshenko ou Boyko. Os filhos dos eleitores de Zelensky podem estar nos mesmos túmulos com os filhos de eleitores de Poroshenko ou Boyko. E os próprios eleitores também.

Se Volodemer Zelensky realmente pensa não na morte, mas na vida dos ucranianos - e eu espero que sim - ele deveria se preparar não com apaziguamento do agressor, mas com a organização da resistência ao agressor. Para reforçar essa resistência, o novo presidente terá todas as ferramentas que seu antecessor não possuía - a maioria no parlamento, seu governo, suas forças de segurança. E crédito de confiança da sociedade. O que mais precisa?

A guerra com a Rússia será o principal conteúdo do mandato presidencial de Volodemer Zelensky. Não porque Zelensky queira. Mas porque Putin quer isso.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

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